quinta-feira, 9 de maio de 2013

Leis da Atração : Capítulo 1


Leis da Atração

Capítulo 1 - Prazer, senhorita Dragão Swan

Narração Edward


Desde garoto meu sonho sempre fora estudar em Harvard. Nasci no estado de Massachusetts, em uma pequena cidade chamada Somerville situada ao norte de Cambridge, no condado de Middlesex. Meus pais, Carlisle e Esme Cullen eram pessoas simples, de boa índole, boa conduta, e se davam bem com todos ao seu redor, vizinhos e colegas de trabalho. Meu pai era um trabalhador honesto, trabalhava como faxineiro em uma escola pública perto de casa, e nas horas vagas era voluntário num asilo. Minha mãe era professora, ensinava apenas para crianças e também era voluntária, mas não em um asilo, e sim no hospital principal da cidade, este que por sua vez tinha o maior número de pacientes com câncer, os quais eram crianças e adolescentes.




Antes de me formar na escola secundária, corri atrás de bolsas de estudos nas universidades. Eu quase não acreditei quando minha carta de admissão de Harvard chegou pouco tempo depois. Minhas notas eram impecáveis, meu comportamento dentro da sala de aula era excelente. Eu jogava no time de futebol do colégio, e nunca sofri bullying por ser bolsista e pobre. Na verdade as meninas sempre corriam atrás de mim, é claro que eu sempre arrumava um jeito de pegar muitas sem que nenhuma soubesse. Eu era um nerd, mas pegava geral. Minha aparência também ajudava, vamos ser sinceros, certo? Meus cabelos eram castanhos claros quando garoto e eram sempre arrepiados e meio desgrenhados. É, acho que as garotas curtiam isso.

Mas voltando ao foco principal, ganhei a bolsa de estudos para Harvard e não podia pensar muito, ou eu faria a matrícula depois de dois dias ou perderia a bolsa. Fiquei pensando o dia todo em como eu falaria a meus pais que eu tinha que ir embora para Cambridge, onde a universidade se localiza.

Quando dei a notícia durante o jantar, tanto eles quanto minha irmã mais nova Nessie se surpreenderam. Ficaram felizes e me deram os parabéns, mas algo estava errado. De repente a feição de meus pais mudaram. Olharam-me tristemente e disseram que eu não poderia aceitar a bolsa, pois eles estavam precisando de mim, meu pai havia sido despedido do nada, e só poderíamos contar com o salário de professora de minha mãe. Meu coração se entristeceu com aquela situação. Como eu poderia deixar meus pais e minha irmã assim? Infelizmente tive que abandonar meu sonho por um momento que duraram oito anos.

Por que tanto tempo?

Meu pai se aposentou ao descobrir que estava com câncer de próstata, ele lutou contra essa doença por cinco anos. Mas graças a Deus ela nunca mais voltara. Eu trabalhava como office-boy, ganhava pouco, mas já ajudava em casa. Nessie que na época que eu tinha terminado o colégio, iria completar sete anos e havia se passado oito anos desde então, também pôde ajudar nas despesas de casa, ganhando alguns trocados como baby-sitter.

Comecei a guardar dinheiro desde o meu primeiro salário, para o caso de eu ir estudar fora da cidade. Eu já não tinha mais planos de entrar em Harvard, ate porque nem tinha como. Mas eu estava enganado quanto a isso! O colégio o qual me formei, fizera um programa de doação de bolsas para as melhores universidades em parceria com a prefeitura. Foi assim que consegui minha bolsa novamente depois de tanto tempo. Dessa vez eu pude ir, a situação financeira dos meus pais já não estava tão precária quanto estava há oito anos.

Não pensei duas vezes. Parti para Cambridge o mais rápido possível.

Com o dinheiro que eu tinha economizado durante os oito anos sem estudar, consegui alugar um pequeno apartamento perto do campus de Harvard. Logo comecei a trabalhar como barman em um barzinho muito frequentado pelos universitários, ele se chama Heineken’s Bar.

Fiz muitas amizades tanto aonde eu trabalhava, quanto na universidade. As pessoas que me arrodeavam eram sempre bem humoradas e receptivas.

Temos um grupo de amigos, somos cinco, três rapazes e duas moças. Eu, Jacob, Mike, Caroline e Jessica. Mike é o mais velho, tem trinta anos, e a mais jovem é Jessica de apenas dezoito anos.

Todos do curso de Direito, pretendiam estagiar no Swan e Salvatore Advogados LTDA, mas esse escritório de advocacia tem um método de egresso ao estágio muito rígido, não é qualquer um que consegue estagiar lá e só depois de um ano, ou no começo do terceiro período do curso. A cada cem alunos que se inscrevem somente dez conseguem entrar. Ou seja, é extremamente concorrido. Mas eu consegui, aliás, Jacob, Caroline e eu conseguimos. Jessica e Mike não tentaram dessa vez, mas tentariam na próxima, ou melhor, no próximo período.

Quase todas as meninas tinham Isabella Swan como inspiração. Qual a garota que não quer ser tão prestigiada em seu trabalho com apenas vinte e cinco anos de idade? Algumas tinham inveja, é claro, sempre tem pessoas assim, e se tratando de mulheres isso é bem mais forte. Sem ofensa!

Em uma conversa no refeitório, falávamos sobre o primeiro dia no estágio, o qual seria no dia seguinte.

– Alguém já viu Isabella Swan pessoalmente? – Jessica perguntou.

– Não, só em revistas e jornais. Mas se ela for tão bonita quanto é nas fotos, estaremos no paraíso meu amigo! – Disse Jacob ao sorrir para mim.

– Uma mulher como ela deve ser casada! E nós somos meros estagiários, muito abaixo dela.

– Deixa disso meu amigo, mas que pessimismo é esse cara? Não estou te reconhecendo! Nós somos meros estagiários sim, mas somos homens ué, e para ser sincero nunca a vi sair com ninguém nas fotos.

– Exceto uma vez! – Falou Caroline. O semblante de Jake se entristeceu. – E a revista é recente. Foi logo após aquele caso do assassino de Seattle, que depois descobriram que não era ele o assassino e sim um que nunca foi encontrado. Ela saiu com um cara, e nossa, que cara! O nome dele é Niklaus Mikaelson, o nome é estranho, eu sei, mas ele é lindo!

– Eles são namorados? – Perguntou Jacob.

– Não sei. A revista só publicou que eles trabalharam em lados opostos no caso do assassino de Seattle, ele é promotor de justiça, o que o deixa ainda mais atraente. – Caroline suspirou.

– Menos mal! – Jake novamente voltou a sorrir maliciosamente.

Estudávamos pela manhã, e a tarde iriamos para o estágio. E ainda à noite eu tinha que trabalhar no Heineken’s Bar.

[...]

– Vamos ver o que nos aguarda nesse grande escritório. – Falei enquanto nossos olhos subiam até o topo do prédio.

– O escritório é deste tamanhão mesmo? – Perguntou Caroline.

– Vamos descobrir agora. – Falei já colocando o pé na entrada principal.

– Boa sorte para nós! – Dissemos juntos enquanto pegávamos o elevador. Cada um ia para um andar diferente. Eu para o último, Carol para o penúltimo e Jake para o antepenúltimo. Eu fazia ideia de que quem trabalhava lá era a senhorita Swan e o senhor Salvatore, mas acho que Jacob e Caroline não perceberam.

Já deduzimos que esse grande edifício era dos Swan e dos Salvatore mesmo, acho que grande parte dos advogados trabalha lá.

– O meu é este! Boa sorte gente! – Disse Jake ao apertar nossas mãos.

– Boa sorte! E pense mais com a cabeça de cima. – Pisquei para ele e pareceu entender o recado.

– Eu vou ficando por aqui! – Falou Carol ao descer no seu andar. – Boa sorte para você Ed! – Apertou minha mão.

– Boa sorte também Loira. – Respondi.

Eu estava nervoso, e fiquei mais ainda quando vi o tanto de gente no andar o qual eu iria estagiar. Cara, nem parecia um escritório de advocacia. Deixa-me descrever melhor para ver se vocês entendem.

Assim que entramos lá, damos de cara com a recepção. Três moças nos recepcionam, uma ruiva, uma morena e uma loira. Do lado á uma grande sala, onde aguardam os clientes. E são muitos. Do outro lado á outra grande sala onde trabalham vários funcionários. Ou seja, parece mais uma empresa, do que um escritório.

Voltando.

A bela recepcionista ruiva me atendeu.

– Oi, meu nome é Edward Cullen, e serei o novo estagiário. – Sorri par ela.

Meio confusa e alheia, ela piscou os olhos e depois abriu um sorriso.

– Olá senhor Cullen, seja bem vindo, meu nome é Victória. Pode me acompanhar, por favor.

Andamos por um enorme corredor até chegarmos a ultima porta. Nela estava escrito: Escritório de Isabella Swan e Damon Salvatore. Senti uns calafrios percorrendo pelo meu corpo, mas até que consegui controlar um pouco.

– Boa sorte senhor Cullen, você vai precisar.

– Obrigado. – Ela abriu a porta para mim e só aí que percebi o que ela dissera. Por que eu ia precisar de sorte? Não entendi muito bem.

Eu pensei que já ia dar de cara com Isabella, mas estava enganado. Havia uma secretária com cara de tédio. Ela digitava algo em seu notebook quando percebeu minha presença.

– Olá, no que eu posso ajudar?

– Oi, eu sou o novo estagiário, meu nome é Edward Cullen.

– Estagiário? – Ela riu de algo que mais parecia ser uma piada interna, mas nem liguei para isso. – Você terá de esperar a senhorita Swan chegar. Ela está em reunião. Sente-se ali, por favor. – Ela apontou para um sofá de couro preto. – O senhor quer algo para beber? Café, água?

– Um calmante, por favor. – Ela riu.

– Está muito nervoso, senhor?

– Pode me chamar pelo primeiro nome, você só me faz ficar ainda mais nervoso me chamando de senhor.

– Se quer assim. – Deu de ombros. – Edward, você vai precisar de sorte.

– Antes que eu pergunte o porquê, preciso saber o seu nome.

– Elle Woods.

– Então senhorita Woods, você foi a segunda pessoa que me disse que eu precisaria de sorte ao falar com Isabella Swan.

– Senhorita Swan, pelo amor de Deus! Jamais a chame pelo primeiro nome!

– Mas ela não está aqui no momento!

– Acredite, ela tem olhos e ouvidos em todas as partes deste edifício. Nada escapa dela. Isso é assustador!

– É realmente muito assustador.

Ela se sentou ao meu lado no sofá, mas seus olhos eram atentos, parecia preocupada com alguma coisa.

– Devo te avisar sobre a advogada do diabo?

– Hã? – Fiquei confuso.

– Você não faz ideia da fama da senhorita Swan aqui né?

– Não. Só como advogada.

– Então seria melhor eu te prevenir.

– Você está me assustando, senhorita Woods. – Brinquei.

– Meu querido, tenha medo viu? Ela assusta até os velhos funcionários deste escritório. Imagina você que é novato!

– Eu estava brincando, você acha que tenho cara de quem tem medo de mulher?

– Tem! – Foi taxativa.

Olhei sério para ela. Mas depois relaxei e lhe sorri.

– Não adianta dizer nada, nem te alertar, você não é o primeiro que não acredita logo de cara sobre como a senhorita Dragão Swan trata seus funcionários, especialmente seus estagiários.

Ri quando ela referiu-se a Isabella como a senhorita Dragão Swan.

– Obrigado mesmo assim por ter me advertido.

– Vou voltar para minha mesa, porque se ela chega e me vê conversando aqui, é masmorra na certa!

– Eu estou achando isso um exagero terrível! Como assim masmorra? – Falei em um tom divertido. Eu que não sabia no que eu estava me metendo, ou com quem.

– Masmorra é só uma piada interna, mas quando vamos para lá a piada perde a graça. Você entra assustado, e sai chorando.

– Mas refere-se a o que exatamente?

– Feedback. A supervisora nos chama para uma pequena reunião. Isso acontece na verdade todo mês, mas se alguém sai dos trilhos pode ser chamado para a salinha do terror e não é a supervisora boazinha quem está lá, e sim a Dragão.

– Entendi, então é só não sair dos trilhos, certo?

– E precisa sair dos trilhos para a senhorita Swan implicar com você? Se ela não gostar da cor da sua gravata ela fala na tua cara para trocar imediatamente. Senhor Cullen, ou Edward, eu trabalho porque preciso, eu tenho um filho para sustentar e sou mãe solteira. Ganho um ótimo salário como secretária da diretoria por isso me submeto a certas coisas. Não é fácil trabalhar aqui. Ela nem responde quando lhe cumprimento com um bom dia ou um: boa noite. Para Isabella sou invisível quando não lhe sirvo. Tenho que engolir vários sapos sem contestar. Mas fazer o que? Preciso deste emprego. – Ela me sorriu no final e depois voltou para sua mesa.

Elle e eu conversávamos sobre besteiras quando de repente ouvimos um baque.

Isabella Swan bateu a porta da entrada principal e sem olhar para nossa cara entrou em sua sala. A coitada da secretária teve que correr atrás dela, que bateu a porta em sua cara.

Alguns minutos depois Elle sai com uma carranca enorme.

– Ela está te esperando, senhor Cullen. – Me deu um sorriso forçado e me desejou boa sorte novamente.

Ajeitei minha gravata e meu terno, e entrei na sala que era apelidada como covil.

– Bom dia senhorita Swan, quero dizer que é um prazer...

– É meu novo assistente? – Me interrompeu. Ela não olhava para mim enquanto falava, e sim para um documento que estava em suas mãos.

– Senhorita, sou o novo estagiário, sou da turma do...

– Não precisa me dizer o que eu já sei. Poupe suas palavras, meu caro, aqui você não precisará desperdiçá-las. – E mais uma vez me interrompeu com sua arrogância e petulância. Elle tinha razão. – Está esperando eu me levantar e puxar uma cadeira para o senhor se sentar?

– Perdoe-me Isabella, ou melhor, senhorita Swan. – Meu coração palpitou quando errei ao chama-la pelo primeiro nome.

– Ainda bem que o senhor se corrigiu. – Enfim ela me olhou bem nos olhos. Por um momento me senti hipnotizado por aquele par de olhos verdes. – É senhorita Swan e não vou admitir outro erro. Senhor Cullen? – Pisquei algumas vezes aturdido, até voltar minha atenção a ela. – Preciso da sua atenção, não te dei permissão para descansar. Estamos tendo uma conversa! O senhor tem algum problema de déficit de atenção? – Ok, isso já era demais, mas eu tinha que encarar.

– Não senhorita, perdoe-me mais uma vez. – Ri sem jeito.

– Não sou Deus para ficar perdoando tantas vezes em um só dia. Meça suas palavras. – A garota era cínica quando falava, dava até vontade de rir, mas se eu fizesse isso, com certeza eu seria escorraçado a ponta pés por ela mesma. – Diga-me senhor Cullen, tem amor ao que faz?

– No que se refere senhorita Swan?

– Em tudo oras. – Deu de ombros. – O que faz da vida?

– Eu estudo pela manhã, agora estagiarei pela tarde e trabalho em um barzinho chamado Heineken’s Bar, pela noite.

Ela pareceu lembrar-se de algo quando mencionei o bar em que eu trabalho.

– Sabe o que um estagiário faz? – Me perguntou com desdém.

– Com certeza senhorita Swan.

– Está contratado. – Ela me sorriu divertindo-se.

Fiquei meio confuso. Eu havia passado por uma entrevista e não sabia?

– Está vendo aquela pilha de papéis? Precisam ser redigidos novamente. Quero que faça isso para mim, estou um pouco enfadada. Acabei de sair de uma reunião super chata. – Agora ela parecia uma garota de sua idade reclamando da vida chata de um adulto.

– Sua secretária não faz isso? – Isabella pareceu surpresa com a minha pergunta. Acho que pareci petulante, mas foi na intenção. Ri mentalmente.

– Meu assistente faz isso.

– E se eu não estivesse aqui?

– Mal começou e já está reclamando? Acha que a vida de um estagiário é fácil? Está enganado, senhor Cullen. Pode ir embora se quiser, há muitas pessoas querendo o seu lugar, se não sabe dar valor, vai perder! – Arqueou uma de suas sobrancelhas para me intimidar.

– Não senhorita. – Olhei para baixo.

– Então está esperando o que para começar? Que eu peça: por favor?

– Se não é um trabalho resignado a mim...

– Quem disse isso? Senhor Cullen, eu não peço ‘’por favor’’, eu mando! Aqui você é meu empregado, e se quiser ter uma carreira como a minha, terá que lamber o chão o qual eu piso, sem contestar! – Me sorriu cinicamente outra vez.

Fiquei sem palavras, e como um cão sem dono, coloquei o rabo entre as pernas e me direcionei até a mesa onde estava àquela grande pilha de papéis.

Ela simplesmente se levantou e foi em direção à porta.

Parei para observar seu jeito de andar. Sem dúvidas era uma garotona dentro de uma roupa tão formal, saia e terno preto e camisa branca, sapatos altos de um cinza escuro. Cabelos lisos, mas um pouco rebeldes e desgrenhados, castanhos avermelhados que batiam quase na cintura. Quando ela levantou-se jogou seus cabelos para o lado os bagunçando ainda mais.

– Feche a boca senhor Cullen! Foque no seu trabalho. Pense com sua cabeça de cima. – Falou ela ao sair de sua sala.

Poxa ela me disse exatamente o que eu falei para Jake. Mas também, impossível não ficar de boca aberta com tamanha beleza. Trabalhar ao lado dela seria uma missão mesmo que Isabella fosse boazinha.

[...]

– Como foi seu primeiro dia no S&S? – Perguntou Jacob. Ele já estava em casa quando eu cheguei a minha. Falávamos ao telefone.

– Eu tô no paraíso trabalhando ao lado da senhorita Dragão Swan. – Falei sarcástico.

– Como?

– Estou no inferno cara!

– Já estou sabendo da fama dela! Eu ri muito quando a chamaram de senhorita Dragão Swan.

– Eu também.

– Mas aí, ela dá um caldo?

– Dá uma sopa inteira! Ela é extremamente atraente, se você não se concentra no seu trabalho acaba perdido naqueles olhos verdes.

– Eu me ferraria se estivesse no seu lugar! – Ele riu do outro lado da linha.

– Eu quase me ferrei quando ela olhou para mim. É um tipo de olhar que te prende e não te solta mais, se você não souber lidar com a situação acaba entregando os pontos. Mas e você, quem é seu chefe ou chefa? Teve mais sorte do que eu?

– Ah sim, é chefa também, mas ao contrário da Swan, ela é amorosa até demais!

– Tem apelidos grotescos também?

– Sim claro e por acaso esse povinho do mau deixa passar? Escuta essa: Senhorita Madimbu!

– O que cara?

– Madimbu pô! Daquele desenho Dragon Ball Z!

Caímos na risada.

– Maldade isso aí hein! Pior é advogada do diabo.

– Mas também essa Isabella ganha nos apelidos! Sou louco para conhecê-la pessoalmente e ver se é tudo isso!

– Para quê cara? Para passar vergonha como eu?

– Mas você é um Zé Bundão mesmo hein?!

– Acredite, ela é tudo isso e muito mais, nos dois lados, tanto na boniteza quanto na arrogância.

– Você falando assim me dá mais vontade. Acho que amanhã vou dar uma escapadinha da Madimbu e vou ver a senhorita Dragão.

– Acho que não será tão fácil, mas posso te ajudar, não prometo!

– Já falei que eu te amo cara?

– Para de ser gay e vá dormir. Temos prova amanhã!

– Ok cabeçudo. Ligue para a gostosa da nossa amiga e pergunte como foi seu primeiro dia de estágio.

– Ok vagabundo, boa noite.

Disquei o número de Caroline que atendeu ao primeiro toque.

– Diz aí cabeção, o que manda?

– Quero saber como foi seu primeiro dia né?

– Ah sim, quer que eu lhe responda como é trabalhar para Damon Salvatore? – Suspirou do outro lado da linha.

– O quê? Sério? Mas ele não fica no último andar com a senhorita Dragão?

– Você também a chama assim é? – Ela riu.

– Claro né? A própria secretária dela me disse sobre esse apelido.

– Elle Woods?

– Sim, como sabe?

– Ela também é secretária do Salvatore dã.

– Então quer dizer que você estagia no ultimo andar também?

– Sim, fiquei o maior tempão esperando alguém vir falar comigo. Até que surgiu uma alma boa e disse que era para eu subir até o último andar.

– Por pouco não nos encontramos.

– Quase me enfureci com a secretária da diretoria.

– Por quê?

– Ela fala demais!

– Isso é verdade. – Ri. – Mas e aí, seu chefe tem algum apelido besta também?

– Besta eu não sei, mas condizente com sua pessoa sim.

– E qual seria?

– Gostosão, Bonitão, Tesudo não serve?

– Mas que falta de criatividade é essa?

– Ah, pelo menos meu chefe não tem vários apelidos maldosos, como Isabella Swan. Coitada!

– Coitada? Porque você não conhece a peça rara.

– Damon Salvatore, além de ser lindo de morrer é também um fofo, muito educado.

– Isabella Swan, além de ser linda de morrer é também uma Cascavel! – Tentei imitar sua voz melosa.

– Meu amigo, você acostuma. Ela não deve ser tão assustadora assim.

– Eu acho que frequentemente estaremos nos encontrando lá em cima. Aí você verá quem é a Senhorita Dragão Swan. O Salvatore te fez de escravo em seu primeiro dia?

– Eu tive que redigir uns documentos, mas foram poucos. Ele me deu atenção e me ensinou algumas coisas. Mas antes que você pense besteiras, ele é extremamente profissional.

– Eu não pensei nada Carol. Que bom, que sorte a sua que Damon te ensinou algo, Isabella só me fez de escravo!

No dia seguinte, na faculdade.

– Acordou com o ovo virado Cullen? – Perguntou-me Mike.

– Já tô imaginando como será hoje no escritório! Preciso me preparar psicologicamente para encarar a Fera!

– Ela é tão ruim assim?

– Não! Só te trata como se fosse um nada! Te passa um monte de tarefas logo no primeiro dia! Fala que você tem que lamber o chão que ela pisa caso queira ser como ela um dia. E também ela não pede por favor, ela manda!

– Uau. – Jessica pareceu surpresa.

– Alguém aí conhece uma pessoa que já foi assistente de Isabella Swan e é como ela?

– Rebekah Mikaelson. – Respondeu Caroline.

– Mikaelson? – Eu já tinha ouvido esse sobrenome.

– Sim, ela é a irmã mais nova de Niklaus, o tal promotor de justiça que saiu na revista com Isabella.

– Ela é tão boa quanto a Swan?

– Tão boa não, mas vem ganhando espaço e prestígio muito rapidamente depois que terminou seu estágio de dois anos no S&S.

– Devíamos procurar os antigos estagiários de lá. Pegarmos dicas. Sei lá!

– Para quê? Nossos chefes são tão prestativos e nos ajudam.

– O seu chefe né Carol?

– A minha também. – Sorriu Jacob ao falar.

– O que eu fiz pra Deus mesmo pra merecer uma chefa como Isabella?

No escritório.

– Cara, ainda bem que consegui dar uma escapadinha da Madimbu. – Disse Jake todo animado, pois ia conhecer pessoalmente a Dragão.

– Sua Madimbu já chegou?

– Ela veio mais cedo hoje.

– Bom dia senhorita Woods! – Cumprimentei a secretária.

– Bom dia Edward. E o senhor quem é? – Direcionou sua pergunta a Jacob.

– Jacob Black ao seu dispor! – Beijou sua mão.

– É outro estagiário da senhorita Swan?

– Não, na verdade ele só veio matar sua curiosidade de saber como ela é. – Respondi antes que Jake falasse besteira.

– Vocês são loucos! – Ela riu. É o que Elle mais faz rir e falar demais.

– Olha ela aí. – Cutuquei Jake para que ele visse logo a Dragão.

– Nossa! Acho que tô apaixonado! – Disse ele um pouco alto demais.

Dessa vez Swan não passou direto, ela estava acompanhada por um rapaz que parecia ser mais velho que ela. Só quando Elle os cumprimentou que eu pude saber quem era ele.

– Bom dia senhorita Swan. Bom dia senhor Mikaelson.

Pude associar o sobrenome à pessoa e percebi que era Niklaus, o promotor de justiça.

Somente ele respondeu à senhorita Woods. Isabella como sempre empinou seu nariz ao passar pela coitada da secretária, porém percebeu a presença estranha de Jacob.

– Quem é você? – Olhou seriamente para ele.

– So... Sou Jac... Jacob! – Putz, o cara gaguejou! Quase ri de sua cara ali mesmo.

– Algum problema senhor? Realmente não entendi seu nome, mas já sei que não faz parte do corpo de funcionários daqui de cima, então, por favor, dê meia volta e saia daqui!

– O nome dele é Jacob Black! – Em um ímpeto falei.

– Cullen! Não me lembro de ter perguntando o nome do senhor Black a você! Lembra-se do que eu falei ontem? Não desperdice suas palavras. Agora entre na minha sala e me espere lá. – Ordenou com sua voz firme.

– Sim senhorita. – Abaixei minha cabeça e fui em direção a sua sala.

– Não! Espere! Eu não tomei café hoje. Então quero vá até uma cafeteria da esquina e pegue um cappuccino para mim. Eu tenho pressa, senhor Cullen.

– Não pode ser da lanchonete daqui de dentro?

– O senhor entendeu o que eu falei? Por que eu não vou repetir!

– Ok senhorita, eu já volto!

Ela virou-se e entrou em sua sala juntamente com o senhor Mikaelson.

Xinguei até minha mãe enquanto eu saía do grande edifício. Aproveite para pegar um café para mim. Mas para não correr o risco do cappuccino de Isabella entornar, pedi o mesmo.

Entrei com tanta rapidez no escritório que acabei esbarrando na ultima pessoa a qual eu poderia esbarrar. Na senhorita Swan!


Continua...



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