CTM Cap 26
Sacrifício
Um sacrifício,
na sua definição mais exata é dar algo precioso em troca de conciliação.
Christian encarava a janela, e
minha impaciência estava me matando. Tudo em mim doía inclusive a dor de ver o
homem que só trouxera desgraça em minha vida, me tornou sua submissa, depois
quis me controlar, e quando eu achava que estava feliz me arrancou a
felicidade, e mesmo que estes dias ele tenha tentado demonstrar uma mudança,
seus atos demonstraram que não ocorreu mudança nenhuma.
- Fale Christian, estou cansada.
- Hoje certamente você viu que
levaram seu querido amante sob custódia não foi?
- Seu desgraçado! Foi você o
responsável, e sabe que ele teve motivos!
- Isabella ele estava dentro de
minha casa, eu somente denunciei uma agressão, é claro que a influência ajuda
nestas horas, mas enfim, como eu ia dizendo, ele foi levado sob custódia, e com
algum dinheiro e claro, poder, ele não sairá tão cedo.
-Você não presta Christian!
- Eu? - Bem não sou eu que me
agarro com o segurança na cozinha de casa! Não sou eu quem tem um amante sob o
mesmo teto do marido!
- Christian se você sabe tanto,
sabe que não é bem assim.
- Está se referindo a vidinha
patética que tentaram ter naquela cidade medíocre? Poupe-me Bella! Aquilo não
era vida, mas eu não me importo, eu não me importo com nada, só com um acordo.
- Fale logo para que eu possa
viver em paz.
- Eu posso te conceder isso minha
querida, fácil, eu assino o divórcio, e te deixo livre, e ainda te dou uma boa
quantia em dinheiro! - Era verdade o que ele dizia? Impossível! - No entanto
minha cara Isabella, a senhora nunca vai poder ficar com seu amante, pois eu vou
tratar de deixa-lo apodrecer na cadeia, e ele não sairá tão cedo.
- Você não faria isso!
- Eu já o mandei prender, não
foi? Agora depende de mim para ele sair, na verdade depende de você.
- Como assim?
-Minha cara Isabella, para ele
sair e ser livre, é só você voltar para nossa casa, ser cuidada como merece, e
voltamos à estaca zero, mas você nunca mais vai ver Edward, vai fazer com que
ele nunca mais a procure, e ser minha como tem que ser!
- Você é patético! Agora age sobre
chantagem?
- Não minha cara, eu só quero o
que é meu por direito, você!
- E é isso que sou para você, uma
propriedade?
- Você é a mais preciosa de
minhas propriedades, meu bem mais valioso, eu não posso perdê-la para um
simples ex-agente do FBI que teve de se aposentar cedo por causa de um ombro
que não serve para nada.
Eu fiz uma cara de espanto, havia
coisas que Christian sabia mais que eu sobre Edward.
- Viu só? Nem você sabe do
passado de seu amante, pois bem minha querida, o que vai ser?
- Christian pode me dar um tempo,
eu só quero tentar entender a situação.
- Certamente, eu vou pegar um
café, e pense bem minha cara, sua liberdade, ou a de Edward! Se sua resposta
for sim, um simples telefonema o deixará livre, mas você tem a opção de
arriscar, mas creio que nem seus recursos, ou os do próprio Edward seriam
suficientes para retira-lo da prisão. Lembre-se minha Isabella: há situações
que a influência vale mais que tudo.
Christian retirou-se. Eu tentei
organizar minhas ideias, fazendo uma avaliação da situação.
Um juramento, não importa o quão solene seja não pede nada em troca,
mas um verdadeiro sacrifício este exige uma perda indescritível.
POV Christian
Constantes ameaças rondavam minha
família. Todos com o sobrenome Grey estavam em alerta, cartas e e-mails
ameaçadores eram recebidos, e muitos me deixavam intrigado. Certa pessoa estava
ameaçando muito Helena, e dizia ter informações sobre a morte de minha mãe, mas
meu pai se recusava a levar isto à diante, mas eu também tinha um grande
problema, e a minha prioridade era meu casamento, era reconquistar a confiança
de Bella e me livrar de outro grande peso morto que estava carregando.
- Senhor Grey, aqui esta o dossiê
que me pediu sobre Edward Cullen.
- Obrigado Irina.
Peguei a pasta em minhas mãos,
certamente que eu desconfiaria de algo sobre Edward Cullen. No dia em que
busquei minha esposa, lembro-me claramente da preocupação existente em suas
ações quando ela desmaiou.
A doutora que atendeu Isabela
naquela cidade medíocre, estava me escondendo algo, e foi quando subornei um
dos funcionários e tive acesso a ficha média dela enquanto usava o nome de
Anastácia, e foi quando fiz a descoberta da gravidez de Bella. Com certeza que
do Espírito Santo um bebe não iria vir, e foi tentando ligar os pontos que
decidi eu mesmo ir atrás de algo.
Desde então eu comecei a buscar
respostas. Minha esposa estava grávida, e eu desconfiava de quem era o pai. Eu
não poderia admitir que alguém tentasse roubar o que é meu.
Abri a pasta, e as informações
eram simples. Ele fora um agente do FBI sendo assim alguns de seus registros
passados eram mantidos em sigilo, mas só me interessava mesmo algumas referências,
visto que decidi o colocar dentro de minha casa. Um sábio disse, mantenhamos
nossos amigos próximos, mas nossos inimigos mais próximos ainda.
O meu telefone tocou, era James.
- Sim James?
- Senhor Grey fiz como me mandou,
fiquei observando do lado de fora do prédio, e vi a senhora Grey sair no carro
de seus amigos e a segui.
- Sim James, e eles foram onde?
- Os rapazes a deixaram em uma
esquina, mas eles seguiram enquanto a senhora Grey seguiu a pé, vou te mandar
uma foto agora de onde ela entrou.
Abri o arquivo, e ela estava
entrando em uma clínica de aborto, sorri com a ideia, se ela mesma estava se
livrando do pequeno incômodo, certamente ela estava cedendo. Geralmente
mulheres são manipuláveis, eu amo Bella em um âmago profundo que nem mesmo eu
posso entender que tipo de amor é este, mas eu não suportaria isso, nem filhos
meus eu tenho vontade de ter imagina ter uma criança de outro.
- James, fique esperando ela
sair, e depois me ligue de volta.
Desliguei o telefone, mas nem
mesmo havia se passado uma hora inteira, James retornou a ligação, na verdade
ele me enviara um vídeo, e no vídeo Bella e Edward seu segurança, estavam abraçados,
sim ele a acariciava! Segurei tão firmemente a caneta que estava em minhas mãos
que ela virou em pedacinhos. Ele estava tocando no que era meu, e não me
restava dúvidas de que ele era o pai, só me restava saber até que ponto estes
dois estavam envolvidos.
Continuei com minha avaliação de
seu dossiê
Entre suas ultimas aquisições, o
senhor Cullen tinha feito a compra de uma residência na cidade de Ouro Valle,
minhas desconfianças estava mais do que certas, no entanto eu necessitava de
uma confirmação.
Após umas duas horas o sinal
sonoro em minha mesa apitou novamente.
- Sim Irina.
- Senhor Grey, o senhor James
chegou.
- Mande-o entrar.
- James, eu achei ter dito que
hoje eu não precisava de seus serviços.
- Senhor eu tenho algo delicado
para lhe mostrar. - James me entregava um pen drive.
- O que é isso?
-São as gravações das câmeras do
apartamento.
Coloquei o pen drive no
computador, e James me ajudou a selecionar algumas imagens, eram dias em que
Edward e Bella conversavam. Depois de ver mais algumas conversas, apareceu um
vídeo o qual James me olhou sério.
- Senhor, deseja mesmo ver este?
- Me mostre logo.
O vídeo era de hoje, a hora fora
pela manhã, Edward e Bella estavam fazendo sexo em plena cozinha de meu
apartamento, aquilo era o cúmulo, mas eu tinha uma tática sim, se Bella achava
que poderia me enganar e depois saltar fora estava muito enganada, ou se
pensava em manter esta vida de mentiras, eu era mais esperto. Tem mais um
ditado que nos ensina a dar corda para os próprios mentirosos se enforcarem
sozinhos.
- James, prepare tudo para este fim
de semana, vamos viajar. Vamos à Ouro Valle.
- Tudo bem senhor Grey.
Os vídeos me confirmavam sim o
relacionamento deles, mas eu precisava saber até que ponto eles estavam
envolvidos.
Chegando a minha casa agi
normalmente, era fácil disfarçar estar sereno, seria tão mais fácil se Bella
não fosse tão teimosa, e me aceitasse.
Subi até seu quarto, escutei pela
porta antes de entrar. Bella estava chorando. Ela era um ser fraco e dócil por
baixo daquele jeitão duro de ser, mas facilmente moldável. Eu a mantive por
anos, e seria fácil mantê-la o resto da vida, mas eu queria realmente que ela
escolhesse, a vontade própria dela me faria ter menos trabalho, e como sabia
que estava abalada, decidi que eu tinha que jogar. Ela fora pela manhã possuída
por aquele empregado de merda, e eu não podia deixar que o que era meu fosse
usufruído por outro enquanto eu estava esperando.
Bati na porta e ela me convidou a
entrar.
- Bella, você está bem?
- Sim Christian.
- Não parece! Está chorando, isso
não é bom.
Uma parte em mim que a amava
sentia compaixão, não devia ser fácil estar na pele dela, olhei para minha
esposa, que era linda, a sua medida, era meu bem mais precioso, eu não
imaginava minha vida sem ela, sem seu brilho, e por isso eu tentava mudar pelo
menos aos olhos dela, por que eu queria manter este brilho, eu custei a
entender que eu tinha feito este brilho se perder, e agora eu tinha a chance de
reavê-lo, por isso a cautela, por isso a paciência.
Peguei em sua delicada mão, sim a
pele de Bella era macia, suave, senti seu cheiro, ela estava recém-banhada,
pousei meus lábios em sua mão, eu a queria cortejar, queria começar novamente e
apagar esta lacuna, este intruso que se instalou entre nós.
Ela estava sensível talvez sua
decisão de abortar, e depois a desistência, mas isso seria fácil de resolver, se
ela me escolhesse, ela não hesitaria.
Olhei para seu rosto aflito, mas
mesmo assim belo e atraente, ela mordeu seus lábio arrancando de mim algo
guardado.
- Bella, não me provoque, sabe
que quando morde seus lábios...
Eu poderia pensar em várias
atitudes, menos aquela, ela estava em meus lábios, sim como senti falta, ela
estava em meus braços, se entregando, a luxúria estava presente, mas algo me
passou em mente, e se fosse só um plano, e se ela quisesse que eu assumisse
este filho como meu? Não certamente isso não seria, mas me deixei levar pelo
momento, eu a desejava, eu a queria, eu tinha que possuí-la.
O pedido feito por ela para
passar um final de semana com seu pai na casa do lago era uma oportunidade, eu
poderia viajar tranquilo, e buscar mais a fundo as respostas. Por que esta
dúvida? O que ele tinha que eu não poderia lhe dar se não ainda mais?
As possíveis ameaças ainda
estavam rondando minha família, e eu não poderia deixa-la desprotegida, e sim
Edward certamente iria com ela. Ele
ainda podia servir para protegê-la.
Após ter certeza de que Bella já
estava na casa do lago, e imaginava que por se tratar da residência de seu pai,
ela estava segura e que Edward e ela não levariam nada além do profissional.
James e eu chegamos a cidade de
Ouro Valle, olhava ao redor e tentava entender qual foi o motivo em especial
que a fez escolher tal lugar. Não havia nada de extraordinário, era uma cidade
simples, mas Bella era uma caixinha de surpresas.
Direcionei-me a única pensão da
cidade, na recepção uma garota estava folheando uma revista com um ar de tédio,
ela arregalou os olhos a me ver.
- Boa tarde, procuram por um
quarto?
-Na verdade. - Aproximei-me do
balcão, olhei para agarota de ar fútil, e tive a impressão de que ela poderia
me ajudar e muito. - Estou atrás de informações.
-Claro, no que posso ajudar?
- Minha esposa esteve aqui um
tempo, e gostaria de saber se ela ficou hospedada aqui?
- Umm bem, eu acho que me lembro
de você, é aquele milionário, e sua esposa é a Ana, certo?
- Na verdade, Isabella Grey.
- Sim, ela usou outro nome, mas
olha, eu não posso lhe dar certas informações sabe...
Em seu olhar entendi o recado, a
garota era fútil, e estava tentando ganhar vantagem, peguei em meu paletó, a
minha carteira e olho da garota iluminou-se com as notas de cem dólares que a
mostrei.
- Eu posso pagar muito bem pelas
informações, e se forem muito boas, eu posso até fazer um bom cheque.
As pessoas são facilmente
compráveis, e não foi diferente com ela.
Suas mãos rapidamente pegaram as
notas, e as guardaram no bolso.
- Senhor Grey, certo! Bem Ana
esteve hospedada aqui sim, mas depois ela mudou-se para uma casa.
- E ela fora morar sozinha? Olha
que eu sou bem generoso!
- Senhor Grey, vou te contar algo
que talvez possa até me pagar mais. - Ela sorria, sim ela era fútil e
gananciosa, pessoa fácil de lidar quando se tem milhões.
- Conte-me e prometo que vai ser
bem recompensada.
- Quem ligou pra informar sobro
Bella, fora eu mesma, se dependesse do tal detetive que você mandou ele nunca
ligaria, ele e Ana, quero dizer Isabella, estavam tendo um caso.
- Agradeço, e vou te recompensar
certamente, mas conte-me mais, que tipo de caso?
- Uma relação, até se falava pela
cidade de um casamento.
- Interessante.
A garota me contou vários detalhes
sobre os dois, e não havia mais dúvidas! Somente me restava uma coisa: ver onde
eles estavam vivendo, eu necessitava saber pelo que Bella estava tão envolvida.
Chegamos ao endereço da tal
residência, a casa simples me dava arrepios, pensava que nada de especial ali
havia, para que ela ficasse tão encantada.
Entramos no quintal e James com
habilidade abriu a fechadura. Entrei e o ambiente era simplório, nada de especial,
observei tudo, e foi quando a raiva me invadiu ao olhar as fotos pela casa, sim
Bella estava sorrindo em todas elas!
As pessoas são fúteis compráveis,
porque Bella não era assim, uma vida medíocre destas a encantava eu podia dar o
mundo a ela.
As lágrimas a que eu custava deixar
cair estava escorrendo em meu rosto, e aquilo me deixou mais revoltado. Isabella
conseguia arrancar de mim, a minha dignidade.
O impulso foi tão grande, comecei
a quebrar tudo, a cada pedaço daquela casa. Quebrei os porta-retratos e rasguei
as fotos. James só observava minha revolta.
- Por que Isabella? Por que você
teve que escolher esta vida a mim, a meu mundo? Eu te dei tudo, você é minha e
não dele!
James interveio e parou.
- Senhor pare ou seremos acusados
de invasão.
- Eu compro James, compro a porcaria
da policia, dos advogados, eu posso, só não consigo compra-la, por quê?
James nada falava, ele só tentava
me fazer parar. Eu me ajoelhei, era inútil sim, mas eu tinha o poder de tudo, por
que não ter o poder sobre ela?
Não! Chega! Eu não quero dar mais
escolhas a ela! Isabella não vai mais escolher! Ela é minha, e ninguém vai
tirá-la de mim, não mesmo!
Chega de dar-lhe opção, agora é somente
um caminho.
A volta para casa fora agoniante
eu queria estar lá no lago, arrancá-la de lá, trazê-la para nossa casa e dizer
que ali era seu lugar.
Isabella conseguia arrancar o
pior e o melhor de mim.
Meu telefone tocava intensamente.
- Grey.
“Onde você está?”
-Mia, eu estou a caminho de casa,
até a madrugada estou de volta.
“Venha direto para cá, houve um atentado”.
- Como assim?
“Por telefone é complicado, mas Eliot está hospitalizado, ele foi perseguido
por um carro, tentou fugir e capotou.”
- Estarei aí o mais breve
possível.
Mais esta ainda, já não bastava o
problema Isabella em minha vida.
Cheguei a Seattle pela madrugada,
eu não tinha vontade de dormir, eu teria mais uma noite de insônia, então fui direto
a casa de meu pai.
Helena estava aflita, ela usava
uma camisola longa que revelava suas curvas, apesar da idade, ela tinha um belo
corpo.
- Menino que bom que chegou.
- Já disse para não me chamar assim
Helena, onde estão Mia e meu pai?
- No hospital.
- O que está havendo Helena?
- Christian eu preciso me abrir e
sei que você é o único que pode me entender.
- Fale.
- Acho que sou a responsável por
isso, há anos eu me envolvi com um garoto.
-Sempre os garotos não é Helena?
- Christian, entenda, você é o
ultimo que pode me julgar.
- Ande, conte-me logo!
- Bem, só que na época eu me
envolvi com o pai do garoto também.
- Eu já ouvi esta história, só
que na ordem diferente.
- Christian, eu me envolvi, e
este homem, que era o garoto diz que esta atrás de vingança.
- Vingança? Por quê? Mas depois
de tantos anos?
- Ele disse que sou a responsável
pela morte do pai dele.
- E você não tem nada a ver com
isso?
- Não! Ele se matou na prisão a
algum tempo.
- Eu entendo, mas Helena não quero
saber de suas relações! Porém isso agora afeta a todos, e Mia! Já pensou se
fosse ela que estivesse sendo perseguida hoje?
- Eu sei Christian, mas eu não
posso dizer nada ao seu pai, ou ele descobrirá...
- De suas traições. – Afirmei
completando sua frase. Debochei dela, era irônico pedir ajuda a mim.
Uma vantagem o acidente de Eliot
teve, o resto do fim de semana foi ocupado em tentar resolver, meu pai não
queria policia envolvida e Helena se recusava a dar muitas informações, ela
queria preservar sua vida secreta.
Voltei para casa, hoje Bella
voltaria, e eu colocaria um fim nesta sua indecisão.
(***)
O gosto do café descendo se
misturava ao terrível cheiro do hospital, eu estava certo de que a resposta de
Bella seria a que eu queria. Ela fraca e uma prova disso era colocar a
felicidade dos outros acima da dela.
Agora seria mais fácil, e só a
restava aceitar minha proposta.
-Christian.
Jacob me chamava.
- Sim?
- Bella disse que quer falar com
você agora.
Entrei no quarto, e pude ver seus
olhos cheios d’agua.
- Bella, não chore! Seu lindo
rosto não fora feito para suportar lágrimas.
- Poupe-me Christian de sua
falsidade, espero que daqui pra frente você seja honesto!
- Não sou eu o desonesto aqui.
Ela tentava forçar um sorriso
sarcástico.
- Espero que entenda que minha decisão
só foi baseada neste sua chantagem ridícula, mas que estarei ao seu lado contra
minha vontade.
Sim ela havia feito a escolha que
eu imaginei, não pude deixar de sorrir.
- Minha Bella, saiba que não irá
se arrepender desta decisão.
- Christian, você pode me obrigar
a estar ao seu lado, mas nunca mais me obrigue a gostar de você, eu farei tudo
que me pediu, não verei mais Edward, estarei ao seu lado, serei sua esposa, só
não exija mais que isso.
- Você irá mudar de ideia.
-Não Christian, eu posso mudar
minhas atitudes e minha forma de ser aos olhos dos outros e até aos seus para
te agradar, mas saiba que será somente uma faixada! Por dentro eu ainda te
odiarei com todas as minhas forças, você está me tirando tudo, a minha
liberdade, o meu amor, por sua culpa eu estou quase...
-Esta falando do filho que carrega,
este bastardo, em seu ventre, ao qual esta quase perdendo? Vai me culpar por um
acidente também?
- Acidente o qual você causou! E
saiba que eu te odeio, e que você terá sua esposa, sua propriedade, pois só
assim Edward terá sua liberdade, mas você o deixará em paz, você nunca mais vai
interferir na vida dele.
- Isabella é exatamente isso que
pretendo fazer.
-Outra coisa! Não quero mais
saber de restrições quanto a meus amigos, será como você me prometeu quando eu
voltei, e eu te prometo que serei sua esposa, como deseja.
- Sim e o senhor Cullen ficará
livre imediatamente como prometi.
Peguei meu Iphone e liguei para James
resolver este problema, o importante era que eu vencera novamente. Como sempre
o poder prevalece.
Eu só precisava que o problema
daquele bastardo ao qual ela carrega fosse resolvido.
FIM DO POV CRISTIAN
POV Bella
- Bella tem certeza que vai fazer
isso mesmo?
- Jacob é a minha única solução,
ele nunca vai parar, ele é louco, insano, e um louco com muito dinheiro, pode
comprar o mundo se quiser. Eu não posso fazer isso com Edward, ele não merece.
- Bella, mas podemos dar um
jeito.
- Não há outra forma, a não ser sacrificar
a minha liberdade pela de Edward.
Um sacrifício exige renúncia das
coisas mais importantes, a minha liberdade foi sempre a minha luta. Eu fugi
para poder encontra-la, corri atrás dela e somente com a agonia de perder
certas coisas importantes uma nova resolução pode nascer.
Eu sabia que uma devoção sem fim
para uma causa maior exigia certo grau deste sacrifício, e um dever para uma
jornada, o filho em meu ventre poderia não resistir, mas eu sabia que se resistisse,
eu precisaria de forças para o defender a todo custo.
- Jacob, eu ainda acharei uma
saída, só não posso prender Edward a esta esperança, eu necessito de uma
realização, e não posso fazer com que para isso ele se sacrifique por mim.
- E você vai se sacrificar?
- Exatamente.
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