Leis da Atração: 3 Girl On Fire

Leis da Atração

Capítulo 3 — Girl On Fire

Narração Bella


É maravilhosa a sensação de ganhar. Ainda mais para mim, mesmo que eu sempre ganhe, eu amo vencer, acho que não tem ninguém na face da Terra que goste de perder, certo?


Cheguei a meu apartamento radiante. Alice já me conhecia quando eu ganhava um caso.

– Pelo jeito hoje temos muito que comemorar, não é mesmo?

– Depois de uma semana estressante eu preciso ter um tempo com minhas amigas né? Jogar conversas fora, beber, dançar!


– Eu amo quando você está assim sabia? Parabéns por mais uma vitória! – Ela me abraçou.

– Parabéns Bellinha! – Disse Rose ao sair da cozinha.

– Já falei que odeio que me chamem assim! Esse apelido me faz parecer tão... Pequenininha! – Mostrei a língua. As otárias riram. – O que faz aqui Rosalie?

– Aproveitei que aquela traíra da Elena viajou. Fazia tempos que eu não vinha aqui.

– Ainda com isso? Esqueça o Damon!

– Mas ele está solteiro, não está? Qual o problema de eu tentar investir novamente? A não ser que, vocês estejam se pegando! Porque se eu souber de alguma coisa, eu...

– Você o que Barbie da Favela? Vai fazer o que comigo estrupício? – Alice gargalhou.

– Nada né? Não tenho mais nada com aquele desgraçado mesmo. – Derrotada deu de ombros. – Aquela vadia deu a ele o que eu não podia dar. E ainda não posso.

Minha amiga é traumatizada com seu passado, e isso atrapalhou um pouco no seu relacionamento com Damon.

– Ele estará hoje no point. – Vi os olhos de Rose brilhar. – Mas tenho quase certeza de que você não terá chances com ele. – Mandei logo a real.

– Rose, amiga, você precisa desempacar! Andar pra frente minha filha! Já ouviu aquele ditado que homem é igual biscoito vai um e vem dezoito? Vinte e oito? Trinta e oito?

– Ok, Alice ela já entendeu!

– Isso é um ditado por acaso? – Ela perguntou confusa. – O Damon nunca foi um biscoito para mim. – Rose fez biquinho e nos olhou tristemente.

– Para com isso! Mais que rebaixamento hein minha amiga! Uma loira linda como você presa a um cara que não quer ter mais nada contigo? Pegue geral hoje e mostre que você o esqueceu! – Disse Alice.

– Você sabe que esses tipos de cara que frequentam a boate sempre querem algo mais, terminar a noite em um motel, ou em minha cama. Não estou pronta para isso.

– Quando eu falei para você procurar um psicólogo você disse que podia lidar com isso né? Está vendo o que aconteceu? Perdeu o Damon! – Falei.

– Mas eu nunca disse a ele o que tinha acontecido comigo para bloqueá-lo desse jeito.

– Ele pensava que você não o queria ou que fosse virgem.

– Espere aí! Ele comentou algo com você?

– Nós somos amigos! E muito amigos, conversamos sobre quase tudo e você sabe muito bem disso!

– Gente a hora está passando e vocês duas aí só batendo boca! – Disse Alice. Quando olhei para ela minha boca se abriu automaticamente.

– Amiga você está tão... – Procurei o melhor elogio que coubesse a ela. – Tão piriguete!

– Obrigada pela sinceridade. – Ela riu. – Rosalie, cadê minha gerente que ainda não está pronta?

– Ai chefa, me desculpe. A gente se vê lá então! Tchau amores.

– E você Bella? Vai ficar aí parada me comendo com os olhos? – Me sorriu sarcástica.

– Eu? Credo! Se enxerga toquinho!

[...]

Como é bom estar em um ambiente agradável, com pessoas agradáveis ao seu redor. E não naquele escritório arrodeada de gente como o idiota do Cullen.

Quando Damon chegou parecia que tinha chegado Deus, quase todas as garotas, inclusive algumas estagiárias, quase o derrubaram.

Não tinha como não rir desta cena.

– É tão bom saber que ainda sou o gostosão e que todas me adoram! – Falou me abraçando.

– O que um par de olhos azuis não faz?

– O que um corpo desse e uma voz tão sexy como a minha não faz? – Me sorriu sedutoramente.

– Se eu não te considerasse meu irmão... – Deixei a frase no ar.

– Podemos esquecer isso por uns minutos o que acha? – Falou e depois juntos caímos na gargalhada.

– Não rola! – Dissemos juntos.

– Qual a piada? – Perguntou Rosalie.

– Não é nada gatinha, Bella e eu estávamos comentando sobre os novos estagiários de nosso escritório.

– Gente eu vou ali, Alice está me chamando.

Deixei os dois sozinhos, quem sabe né?

– Bella Swan eu quero te apresentar uns amigos meus. Estes são Elijah e Klaus.

– Oh merda! – Eu e Klaus dissemos juntos.


Narração Edward



Caroline, Jacob e eu combinamos de nos encontrar em frente ao point. Lá ela nos daria os convites.


– Que pena que não vamos para a área vip. – Disse com sua voz chorosa. – Dinheiro para isso eu tenho né? Mas tenho que acompanhar meus amigos.

– O que você quis dizer com isso? – Jacob perguntou.

– Que vocês são uns pé rapados?

Eu estava animado para entrar nessa boate tão famosa. Embasbaquei quando vi o ambiente daquele lugar.

– Ricas e gostosas? É hoje que me acabo! – Disse Jake ao sair e se perder de nossas vistas.

– Homens. – Resmungou Carol.

Meu amigo tinha razão, aqui só tem mulheres ricas e gostosas.

Enquanto eu tentava atravessar o grande salão, fui assediado por várias garotas, algumas estavam bêbadas, mas nem por isso deixavam de ser: Gostosas!

Eu estava a fim de beber, mas as bebidas deviam custar metade de meu salário. Lembrei-me do cartão que meu pai me deu da sua conta, bem somente um pouquinho não ia fazer falta não é mesmo? A garganta seca implorava por uma cerveja.

Debrucei-me sobre o balcão, observei que a maioria tomava coquetéis e bebidas chiques, porém eu queria a boa e velha cerveja.

– Uma Heineken. - O barman me assustou, parecia mais um ator de filme pornô. Engoli a saliva e peguei a cerveja, saí para dar uma visualizada no ambiente.

Muita gente, quase impossível de encontrar alguém. Até que eu a vi. Sim, Isabella Swan, entrando em uma área reservada. Ela estava impecável. Parecia outra pessoa com aquela roupa, um vestido curto dourado exibindo suas lindas pernas. Quase surtei vendo-a assim. E pensamentos errados invadiram minha mente. Logo balancei minha cabeça para dissipá-los.

Eu dava goles na cerveja, sentindo o amargo juntamente com a cremosidade descer por minha garganta, aquilo relaxava meus músculos, a tensão do dia se dissipava e dava lugar ao entorpecimento necessário para uma noite agitada depois de uma semana estressante.

Eu iria ficar nos arredores da área vip, só para poder observá-la, eu queria estar a par de todos os seus movimentos. Isso me serviria mais tarde.


Narração Bella



– Vocês já se conheciam? – Perguntou Alice.


– Em que mundo você vive Alice? Eu advogada, Klaus promotor de justiça! Dã.

Ela gargalhou.

– Me perdoem, eu tinha me esquecido!

– Mas eu não conheço seu irmão, Klaus.

– Não seja por isso, senhorita Swan, é um prazer conhecê-la pessoalmente. Meu irmão fala muito bem de você!

– A é? Eu pensei que ele me xingasse por trás.

– O que é isso Isabella? Eu jamais falaria mal de você. – Disse ele com aquele sotaque! Ai meu Pai!

– Gente eu vou pegar uma bebida e já volto. Vem comigo Jajá?

– Espere aí? Jajá? Elijah não a deixe te chamar assim! É ridículo!

– Ai Bella, para de ser estraga prazeres. Ele gosta ué. – Todos riram inclusive eu. Somente Alice para falar tanta merda em uma noite só.

Sua amiga é uma graça. – Disse Klaus. Eu não gostava de estar naquela situação com ele. Eu já havia fugido de um jantar, e agora isso? Eu precisava beber para encarar, sóbria não dá não.

– Ela é louca.

– Quer dançar?

Droga! Olhei para o lado e para o outro. Já que não tinha alternativa...

– Claro! – Dei meu sorriso mais falso.

– Parabéns por hoje! – Disse ele enquanto dançávamos. – Você é a melhor sem dúvidas.

– Eu sei disso.

Ele riu.

Apareceu um garçom com uma bandeja cheia de drinks, peguei logo dois. Klaus estendeu a mão pensando que eu tinha pegado um para ele.

– Pegue um para você, estes são meus! – Sorri debochando dele. Que idiota!

– Você é absurda! – Klaus tinha um sorriso tão encantador, que se eu fosse outra já teria me perdido com ele. É claro que eu nunca faria isso!

Entornei os drinks rapidamente. E Alice chegou toda contente com o Jajá. Ri mentalmente deste apelido horroroso.

Alice trouxera logo duas bandejas com drinks.

– Cadê a Rosalie? – Perguntei.

– Está no setor administrativo dando uma bronca em não sei quem. Não entendi direito quando ela disse.

Alice nem parece ser dona desta imensa boate, joga tudo nas costas de Rose.

Continuamos a dançar e a beber. Não sei quantos drinks eu havia bebido. Só sei que já estava me sentindo a Mulher Maravilha.

Nunca fui muito forte para bebidas. Então em instantes o álcool em meu corpo começou a fazer efeito, primeiro, meus braços que ficaram mais soltos, depois minhas pernas se moviam com mais agilidade, e por fim meu sorriso que estava estampado.

Deixei-me levar pelo ritmo que estava ecoando na balada, era agitada e envolvente, Klaus embalou também, sorri para a cena, ele realmente é um bom dançarino, estava de costas para ele, e suas mãos grandes agora se atreveram a chegar à minha cintura. Ao garçom passar eu aproveitei e virei outra taça, em seguida senti o corpo de Klaus se chegando mais próximo ao meu e quando meu corpo já estava se moldando ao clima e a música, o ritmo mudou de forma radical e ao som de Alicia Keys cantando Girl On Fire, Klaus me virou e me olhou de frente, seus olhos se fixaram nos meus.

– Esta música tem muito de você.

Aquele sotaque britânico ao pé de meu ouvido, sua mão em minha cintura, eu me atrevi a sentir o momento, deixei, afinal a bebida já havia feito seu trabalho.

– Porque diz isso? - Meu tamanho e o som da música alta me obrigaram a me atrever a chegar mais perto e levemente me levantar na ponta do pé e chegar com meus lábios em seu ouvido. O senti estremecer.

– Porque você é uma garota em chamas, me atreveria em dizer que seria um tema perfeito para a mulher pé no chão que você é, eu te admiro Bella. – Ele estava também falando em meu ouvido.

Nossos corpos neste momento ainda estavam mais unidos, sua voz realmente era encantadora, e claro que os elogios fariam qualquer garota se derreter. Eu não tá?

– Você realmente acha isso? – Estávamos tão conectados que eu mesma estava sem acreditar naquela situação.

– Acho, eu sempre achei. Você é o tipo de garota imponente, e hoje no tribunal, eu também vou me atrever a dizer que vendo o seu desempenho aquilo foi estranhamente... Excitante.

Eu tinha ouvido isso mesmo? Não podia ser.

– Klaus, não fale besteira! - Tentei rir como se fosse uma piada.

– Não ria, é a mais pura verdade, você é capaz de fazer todos se levantarem ao passar.

Sorri com aquilo, mas...

– Klaus pare de citar a música!

– Mas já disse esta música te relata muito bem, perfeita como você.

Neste instante Alice e Jajá, estavam nos observando.

Uma parte de mim se tornou consciente, e a música já findava então me desfiz de seus braços.

Aproveitei que Klaus estava distraído com seu irmão e com minha amiga e resolvi sair da área vip.

Minha cabeça rodava, eram muitas coisas, a bebida, Klaus, a dança. Putz, Klaus!

Foi aí que eu o vi. Sim o idiota do Cullen. Parecia mais perdido do que cego em tiroteio. Ele estava só ou procurando alguém. Até que nossos olhares se encontraram.

Saí esbarrando em meio mundo de gente, nem minhas pernas eu controlava mais. Estava tudo sob efeito do álcool.

– Senhorita Swan. – Me cumprimentou com seu sorrisinho debochado.

– O que faz aqui? – Tentei ser autoritária, mas só o que consegui fora que um sorriso saísse de meus lábios.

– O mesmo que a senhorita. – O sorriso debochado até pareceu bonitinho.

– Veio comemorar também? – Meu sorriso já não era controlado, a bebida tomou conta de mim agora.

– Vim porque minha amiga Carol ganhou ingressos do senhor Salvatore e deu a mim e a meu amigo Jacob.

– Ah o Black. – Fiz cara de nojo.


Narração Edward



Ver Isabella Swan naquele estado era mais uma novidade para mim. A garota conseguia me surpreender a cada dia. Era engraçado o jeito que ela olhava para mim, era confuso também, eu não sabia se ela me olhava com raiva ou com surpresa. Isabella esbarrou em muita gente até chegar a mim. Eu não sabia que ela gostava de entornar umas biritas, mas reparando bem em sua cara de bebum de esquina, ela parecia gostar disso sim. Sorri pensando na possibilidade de gravá-la e depois mandar para todo mundo do escritório. Mas depois abandonei esta ideia, se eu fosse pego era rua na certa!


– Vamos dançar Edward! – Boquiaberto, olhei para ela que me sorria de um jeito estranho. Um dia essa garota me enlouquecerá! – Ou você não sabe? – Desafiou-me.

– Se você me chama de Edward fora do escritório, eu posso te chamar de Isabella?

– Você pode me chamar de Bella, baby. – Piscou para mim. Balancei a cabeça para ver se eu voltava ao meu estado normal, pois ela me hipnotiza me prende me domina, apenas com seu olhar. Preciso me precaver quanto a isto, com certeza é um ponto franco e ela percebe.

– Então Bella... – Cacete, minha voz saiu trêmula? Por quê? Ainda bem que a música estava altíssima, mas é claro que ela percebeu meu nervosismo, eu falei no ouvido dela! Por que sou tão idiota?

– Cullen, vamos dançar. – Ela me puxou pelo braço levando-me até o meio da pista.

Pode me chamar de bundão o que for, mas Isabella exerce um poder sobre os homens, não é porque ela quer ser vulgar, por querer seduzir a todos a qualquer custo ou coisas do tipo, isso não combina com ela, mas tem algo nela que nos prende a atenção. Ao som de Pitbull– Feel This Moment (ft. Christina Aguilera), Isabella estava totalmente e literalmente solta.

É difícil para mim, sempre fui o garanhão da escola, até da faculdade eu sou, já tive tantas namoradas. Eu sempre dominava a situação com a mulherada, mas esta Isabella está me fazendo abaixar a cabeça. Apesar de que já entrei em pequenos conflitos com ela, mas Bella sempre vence. Isso ia mudar, e eu a tenho em minhas mãos nesta noite. O que pode dar errado quando ela está trêbada? Esta é a minha deixa.

E como a música dizia este é o meu momento, então aproveitei ao máximo, e comecei a embalar ao ritmo da música. Ela estava descontrolada, seus cabelos eram jogados de um lado a outro.

O movimento de seu corpo ao som das batidas da música eletrônica me fazia pirar. Minha vontade era de agarrá-la e de lhe dar um beijo e dizer quem é que manda quando estamos fora do escritório, mas eu sabia que se eu fizesse isso a senhorita Swan Dragão iria dar as caras.

Então optei apenas por dançar observando-a. Enquanto ela não dizia nenhuma palavra ofensiva, parecia uma adolescente se divertindo com a música. Ela sorria encantadoramente, sem nenhum vestígio de perversidade como é no habitual.

–Vamos Cullen, não fique aí parado, venha me mostre o que sabe. - Eu a observava sem acreditar no que via.

Atrevi-me a chegar mais perto, mas evitei que minhas mãos a tocassem, e como elas queriam, eu necessitava de uma bebida urgente. Meu corpo reagia de forma atrevida, mas tentei evitar que ele passasse dos limites, mas eu estava gostando de sentir-me livre ao lado dela.

Deixei meu corpo seguir o ritmo, e foi ela a invadir meu espaço, e se atreveu a encostar sua coxa em minha perna, saltei meus olhos para a cena, ela literalmente rebolava, e logo senti que alguém lá embaixo não estava querendo se comportar como deveria, senti o suor escorrer por minhas têmporas ao senti-la roçar exatamente em meu ponto quente do corpo, e pude ver até um breve sorriso sair de seus lábios.

– Que foi Cullen? Pelo que vejo nunca dançou com uma mulher, parece uma estátua, vamos anime-se!

Ela virou-se e senti um alívio quando seu corpo descolou do meu, e continuou dançando livre e solta.

Jacob veio para perto de mim e assim como eu começou a babar por ela.

– Cara, como consegue ficar olhando para esta gostosa e não atacar?

– Porque esta gostosa é a minha chefe.

– Eu conheço uns amigos meus que, você sabe, pegam suas chefas.

– Nenhuma chefa no mundo se compara a esta minha.

– Ela está bêbada cara, olha a deixa!

– Vá procurar o que fazer, Black! Cadê a Carol?

– Serve aquela? – Apontou para o Bar.

E lá estava Caroline e... Olhei bem para certificar-me de que era ele. - Aquele ali é o promotor Klaus?

– Em pessoa.

Ele parecia procurar alguém com os olhos.

Até que Isabella parou de dançar. Klaus a viu e veio em nossa direção. Cerrei os punhos com vontade de socar sua cara. Eu não gosto dele.

– Achei você! – Disse ele puxando-a para si.

– Cullen vá buscar uma bebida para mim. – Pediu-me ela.

– Não sou seu empregado fora do escritório, Bella. – Falei seu nome amargamente. E por incrível que pareça ela não retrucou.

Ué, será que devo embebedá-la todos os dias? Vou pensar nisso.

– Afoito este teu assistente, hein Bella?! Você tinha razão quando me falou dos tipinhos de estagiários que estavam mandando para o escritório. – Klaus exalou sua arrogância. Aí percebi que os dois eram feitos um para o outro.

– A gente tá na área vip? – Ela perguntou ainda em seus braços.

– Não meu amor, estamos na área ralé como você chama. – Eles riram e depois voltaram para o covil vip.

– Nossa! – Eu e Jake dissemos juntos.

– Percebeu que são dois idiotas? – Perguntei.

– Mas ela não deixa de ser gostosa! E daí se ela é chata? É só amordaçar sua boca e acabaram os problemas. Se bem que eu gosto quando elas me...

– Eu que vou amordaçar sua boca se não ficar quieto!

– Foi mal, cara! Vou ver se descolo uma gata para passar a noite. – Ajeitou sua camisa e mais uma vez se perdeu de vista.

Procurei por Caroline e resolvemos ir embora. Jacob não quis ir, o que já sabíamos. Então fomos apenas nós dois.


Narração Bella



– Droga! – Sussurrei quando percebi que não estava na minha cama e sim na cama de... – Klaus! – Gritei seu nome. Ele acordou aturdido.


– O que foi?

– Não acredito que passei a noite com você! – Esbravejei.

– Assim você me magoa! Foi tão ruim assim? – Ele fez cara de triste.

Tentei me lembrar, eu não queria lembrar, mas eu lembrei. Entenderam?

Lembro-me de sair da boate, e estar rindo muito, mas antes disso eu estava... Dançando...

– Não venha me dizer que eu me aproveitei de você, porque não...

– Não! Eu sou mulher de assumir meus erros!

Minha cabeça latejava. Eu realmente dancei com Klaus, sim, mas também, dancei com...

– Está chamando nossa noite perfeita de erro? – Ok, agora ele pareceu realmente ofendido. E eu só piorava a maldita situação.

– Eu não quis dizer isso, eu só...

–Então você gostou né? – Me lançou um olhar malicioso.

– Klaus tem como parar?

– Desculpe-me. - Olhei para meu corpo que estava nu, e imagens da noite se formavam em minha mente, Klaus me trazendo para seu apartamento, entramos e... Eu me atirei em seus braços e o beijei. Não, não! Enterrei minha cabeça entre minhas pernas.

– Eu me lembro do que ocorreu. A noite foi boa, mas isso tudo aconteceu porque não estávamos sóbrios, isso é fato. - Falei abafado pelo lençol.

– Meu amor você está jogando a culpa no álcool por uma coisa que você estava a fim de fazer?

Oh, ele acertou! Lembrei-me de que eu que realmente tinha sido a responsável. Eu o empurrei até o sofá, enquanto ele retirava a camisa. Eu beijei seu peitoral, que, aliás, é totalmente definido, eu passei a língua em seus gominhos, e escutei gemidos, eu ainda me lembrei de olhar para ele e ele estar ofegante, oh céus!

– Eu não faria isso se eu estivesse sóbria! – Será? – Mas já aconteceu né? – Cocei minha cabeça.

Ele me carregou até seu quarto, eu lembro sim, de ser jogada na cama, e oh, meu vestido caro, ele o rasgou!

O procurei pelo quarto e nada.

– Procurando algo amor?

Olhei para ele, e senti minha bochecha esquentar já havia anos que não tinha esta reação em mim, mas tentei me recompor, eu sou uma mulher e devo assumir sim o que fiz.

– Minhas roupas?

– Sinto lhe informar, mas um vestido lindo dourado está com alguns probleminhas.

Imagens invadiram minha mente, Klaus estava com seus lábios em meu corpo, ele tinha uma destreza com suas mãos, e sim, realmente a noite tinha sido muito boa, não podia negar isso, as imagens invadiram com força total agora, Klaus e seus lábios, meu corpo reagindo a suas carícias, o suar de nossos corpos, lembrei que sua boca, oh céus, e que boca, fui tirada das lembranças por seus braços me envolvendo, e sussurrando em meu ouvido.

– Não tem a saideira?

– O que?

– Calma, foi só uma brincadeira. – Ele me lançou aquele sorriso. Ok, eu me senti vulnerável depois do que aconteceu.

Então ele se levantou completamente nu. Fazendo minha boca escancarar sem minha própria permissão. Vi a parte de trás de seu corpo perfeito. Parte de mim, juro, só uma parte, queria a saideira. Sorri mentalmente, mas depois afugentei tais pensamentos errados.

– O que foi? – Ele virou-se para mim.

Tentei me concentrar apenas em seu rosto, porque se eu deixasse meu olhar ir descendo, com certeza isso não terminaria bem, ou melhor, terminaria muito bem sim. Meu Deus, o que está acontecendo comigo?

– Nada. – Ri nervosa.

– Vou tomar um banho rápido, quer vir comigo?

– Sim, quero dizer não. Eu faço isso em casa mesmo. – Avistei logo seu closet, levantei-me da cama mesmo nua e peguei uma camiseta sua qualquer.

– Olha, não posso perder a oportunidade de fazer uma piadinha. – Ele sorriu torto. – A senhorita Swan não tem vergonha de mostrar suas partes intimas para o senhor Mikaelson?

– O senhor Mikaelson já viu tudo o que tinha pra ver. – Vesti a camiseta enquanto ele entrava no banheiro ainda rindo.

Quando ele saiu, apenas de toalha, seu peitoral ainda molhado me fez ‘’viajar’’.

– Não quer tomar um café? Eu posso fazer. – Disse ele colocando uma roupa.

– Não precisa. Eu só quero ir pra minha casa, tô com dor de cabeça. – Mostrei a língua.

– Ok, eu te levo então.

Saímos de seu apartamento. Até chegar a seu estacionamento olhei para todos os lados. A manhã deste domingo estava um pouco fria. Klaus tentou me abraçar, porém me desvencilhei. Ele logo entendeu.

Entramos em seu carro, ele ligou o aquecedor e assim pude relaxar um pouco.

– Ainda não estou acreditando que...

– Pare! – O interrompi. – Não vamos falar sobre isto, não agora, por favor.

– Tudo bem.

Depois de um tempo.

– Klaus?

– Sim.

– Eu fiz muita besteira ontem? Tipo tanto na festa quanto com você?

– Você disse que não quer falar sobre isso. Não vou falar. – Ele reprimiu um sorriso.

– A é. – Melhor eu não dar o braço a torcer. Isso não é do meu feitio.

– Minha garota em chamas. – Ele deu um largo sorriso de satisfeito.

Olhei para ele sem entender nada.

[...]

– Bella, você passou a noite com o Klaus? – Os olhos de Alice brilharam a me ver com roupas masculinas. Eu usava apenas uma comprida camiseta que mais parecia um vestido para mim.

– Eu estou com uma tremenda dor de cabeça. Depois que eu tirar um cochilo a gente conversa, ok?

–Não, venha aqui, eu te dou um analgésico, mas vai sentar-se e me contar tudo nos mínimos detalhes.


Continua...