CTM Cap 23
Penitência
“Penitência é um sacrifício, uma punição voluntária, para
mostrar Remorso por um pecado”
Eu podia ser uma tola, por acreditar nas mudanças de
Cristian, eu podia ser a pior das pessoas, por estar ainda me relacionando com
Edward, mas eu não podia negar o que estava dentro de mim, era uma divisão de
igual proporção em meu coração, agora divido em três partes iguais.
Cristian com todo seu charme de sedução, com sua forma de
fazer sentir-se única, a única que o fez querer um relacionamento, a única que
o fez admitir amar alguém, Edward com seu amor incondicional, aquele amor ao
qual eu me entreguei totalmente, ele era quente e voraz, mas tinha o tempero
necessário de uma relação, e agora esta pequena vida em meu ventre a qual não
tinha culpa de tudo que fiz, de tudo que meus atos resultaram.
O que me restava era a penitência, era arcar com meus atos e
me punir, sim, deixar de lado minhas escolhas e desejos e agora pensar no que é
melhor para esta pequena vida, e para aqueles que eu amo. Quanto maior é o
pecado, maior o sofrimento auto –infligido.
Os Braços de Edward eram um aconchego, porém era a lembrança
de meu pecado, a lembrança de que agora era hora de arcar com as consequências.
-Bella, sabe que estarei ao seu lado.
-Edward, você não conhece Cristian, vamos pensar em tudo,
vou tentar ter um tempo para colocar minhas ideias no lugar.
Sabia que Edward só estava concordando pelo fato de não
querer me deixar mais nervosa, voltamos para casa, e em meu quarto, eu estava
encarando o espelho, como podia ser tão estupida e deixar tudo chegar a este
ponto?
As lagrimas chegavam a meu rosto de uma forma intensa, duas
batidas características na porta me fizeram secar os olhos, e tentar aparentar
mais recomposta.
-Entre.
-Bella, esta bem?
-Sim Cristian.
-Não parece, esta chorando, isso não é bom.
Cristian aproximou-se de mim, e se colocou de joelhos em
minha frente, eu poderia dizer que era exatamente outro homem ali, pois seu
olhar, seus atos estava errados, era o corpo de Cristian, mas não era o mesmo.
Ele pegou em minha mão e encarou meus olhos, aquele gesto,
aquele pequeno ato estava dificultando meu raciocínio, pois assim que o via ali
vulnerável eu sabia exatamente de minha traição, meus atos pela manha, transar
com Edward na cozinha de nossa casa, estar carregando um filho de outro, e por
mais que esta não fosse a vida que eu gostasse, era a minha vida, meu
casamento, meu marido.
Os lábios de Cristian chegaram a minha mão, ele me encarou e
sorrio, o que me fez corresponder, estava vulnerável com tudo, uma penitência
pelos pecados para ser plenamente
cumprida deve-se expressar pesar pelos atos, no entanto eu não conseguia ver
pesar em mim, devemos ir atrás de
concertar e reparar o estrago causado pelas nossas transgressões.
Foi neste instante que tentei desesperadamente encontrar
este reparo, mordi meus lábios ganhando um leve sorriso de Cristian.
-Bella, não me provoque, sabe que quando morde seu lábios...
Não o deixei terminar, o puxei para um beijo, ele de inicio
se surpreendeu com meu ato, mas logo estava retribuindo, foi uma fração de
segundos ate sentir que estávamos em pé, e Cristian estava totalmente com sede
de meu corpo, suas mãos corriam em meu corpo.
Foi quando minha mente esvaziou-se e nada além de nosso
contato ocupava ela, senti quando sua mão entrou em meu decote alcançando meus
seios, seu toque era único, firme e preciso, seus beijos desciam em minha
clavícula, eu sabia onde chegaríamos, mas não estava pensando, estava sentindo.
Sentia seus lábios roçando em minha clavícula, e meu corpo
reagia de formas exageradas a seu toque.
Meus pelos estava levemente arrepiados, gemidos saiam entre
meus lábios, e sentia a umidade chegando a meu baixo ventre, o calor emanava da
pele de Cristian e invadia meu corpo.
Ele pegou a barra de meu vestido e o retirou por minha
cabeça, estava entorpecida coma ideia que era necessário uma troca, eu havia
traído Cristian agora estava em divida com ele, o vestido azul de tecido leve
foi jogado ao canto do quarto, estava ali a mercê de seus desejos, ele me olhou
com seu olhar lascivo aquele que podia fazer uma mulher gozar só de olhar, em instantes ele estava
desfazendo o nó de sua gravata, aquilo me veio a mente, eu poderia jogar com
ele, relembrar os velhos tempos, retirei a gravata de suas mãos.
-Isso pode ter serventia.- mas deixei-a de lado, hoje eu não
faria os jogos de Cristian.
Os olhos de Cristian agora ardiam em fogo e brasa, seus
lábios capturam os meus deixando-me mais entregue a seus toques.
Com a impetuosidade dele, seu terno e camisa estava ao chão,
eu estava passeando em seu peitoral, era sempre definido, tracei com minhas
mãos como se quisesse ver se estava tudo em seu lugar, meus lábios desceram por
sua clavícula, e chegaram a seu peitoral, eu dei leves mordida ganhando leve
gemidos de Cristian, ele agarrava meus cabelos, sabia que seus desejo estava
guardado, e eu estava somente o provocando, mas no instante que ele soltasse a
fera que estava dentro dele, nada mais estaria em seu lugar, o calor ocupava
todo o meu corpo, olhei para ele, e decidi que teria que assumir o controle,
isso era novidade com Cristian mas ele estava entrando em meu jogo, eu estava
vestindo nada mais que uma lingerie de cor azul igual ao vestido, e uma
sandália de salto alto, os meus preferidos, com meu indicador, eu toquei seu
peitoral, observei sua reação e mordi meus lábios, fui o direcionando ate minha
cama, ele dava passos para trás enquanto eu ia me aproximando dele, desci meu
dedo ate chegar em seu cinto, Cristian observava minha atitudes de uma forma
perplexa, mas ao mesmo tempo admirável, abri a fivela, estalei o cinto ganhando
um gemido, então Cristian também gostava de ser assustado.
-Bella, de onde veio esta voracidade?
-Eu preciso dizer que meu desejo é que esteja calado?
-Não, eu posso me calar Isabela, no entanto quero algo em
troca.
-Senhor Grey sempre negociando, qual sua proposta.
-Quero sentir seu sabor, quero matar minha sede, que a esses
estou guardando.
-Não senhor Grey, isso não esta em meus planos hoje, mas
temo que quero algo de você.
Seus olhos estreitaram.
-O que deseja?
-Depois no jantar farei meu pedido, agora desfrute do que eu
estou lhe oferecendo senhor Grey.
Ele estava entorpecido com minha atitude impetuosa, deveria
ser esta resposta a meus medos? Ser impetuosa, dar a ele o que não se espera.
O empurrei em direção a cama, abri sua calça e revelei seu
membro, e sim ele estava li, exatamente como lembrava, minha boca salivou,
mordi de leve meus lábios, o deixando mais excitado, se fosse isso possível
ajoelhei-me em frente a ele, comecei a atenção em sua bolas, e massageei, ele
pendeu sua cabeça para trás foi quando cheguei com a boca lambi de leve
ganhando gemidos, e meu nome em seus lábios.
Então eu o abocanhei, e suguei, intensamente, indo e vindo,
ele estava enlouquecido, quando suas mãos foram a meu cabelo, e ajudavam a seu
membro chagar ate minha garganta.
Sentia-me poderosa por estar conseguindo mesmo depois de
tempos ter estas reações vindas de Cristian, ele era experiente, um Dom, e mesmo
assim eu estava me sentindo poderosa, ao receber tal tratamento, a perceber que
estava arrancando dele gemidos e reações as quais iam além de um simples oral.
Não demorou muito para sentir pulsar em minha boca.
-Bella eu vou..hã..go..
Não deixei que ele tentasse me impedir, aumentei a
velocidade, e senti que seu liquido veio com força total, nunca fui fã de
sentir o gosto em minha boca,, mas tratava de engolir de uma vez, ergui minha
cabeça, encarando Cristian, mordi meus lábios e passei a língua entre eles.
-Bella, Isabela, o que farei com você, menina má.
-Não está em posição de reclamar senhor Grey, eu quero me
saciar. Nem ao menos sabia o porquê desta minha atitude, mas meu corpo pedia
por ele, Cristian era voraz de uma forma intensa e impetuosa, o que me fez
sentir a necessidade de senti-lo em meu
corpo, retirei minha calcinha, mas mantive os saltos, era uma fraqueza de Grey,
então subi em seu colo, seu membro mesmo depois de gozar ele não se rendia, foi
quando eu introduzi ele em minha entrada totalmente úmida, ele apertava minhas
costas, eu enterrei meu rosto em seu pescoço, e comecei a cavalgar eu retirava
todo seu membro e o colocava novamente, isso deixava Cristian em um estado de
delírio, ele arranhava minhas costas era óbvio que marcas estariam ali amanha.
Eu não parava, continuava a cavalgar, sentia meu corpo suar,
e o cansaço alcançava, mas não dava lugar a satisfação, eu queria mais, eu
queria sempre mais, sentia meu orgasmos chegando, e voltando, quando Cristian
em um impulso, nos virou agora ele tinha o controle, sobre meu corpo.
Ele estocava com força, e gemia, ao mesmo tempo que de meus
lábios saiam sons e gemidos, podia sentir que nos dois estava suados, e mesmo
assim insaciáveis.
Ate que senti meu orgasmo finalmente chegando ao estremo,
deixei a sensação me tomar, ele estocou mais rápido e juntamente atingindo o
orgasmo.
Ele deitou-se em mim, respirei pausadamente tentando acalmar
meus batimentos cardíacos.
-Senti sua falta.
Foi o que saiu de seus lábios, eu não tinha uma resposta,
não podia mentir, então deixei que o silencio ocupasse o vácuo.
Em alguns instantes no arrumamos na cama, eu deitei em seu
ombro, enquanto ele brincava com meus cabelos, eu comecei a traçar a linha de seu tórax.
-Isabela, pare ou não responderei por meus atos, e estaremos
novamente nesta cama saciando meu desejo.
-Este desejo ainda não foi saciado?
-Não, ele foi somente atiçado, meses não se recuperam em uma
única tranza.
-Vai me dizer que neste tempo você..
-Não, e posso ser sincero em dizer isto, pois eu tentei, não
nego, mas não consegui.
-O Senhor Grey negando fogo?- tentei ser sarcástica mas
somente consegui um olhar de dor, algo que não era corriqueiro em cristian.
-Isabela, eu já te disse, você me enfeitiçou de tal forma,
eu nunca pensei em me sentir como estive nestes meses, Bella.
Seu tom de voz , me fez encarar seus olhos azuis.
-Diga Cristian.
-Eu pensei em desistir, eu quis desesperadamente que você
saísse de minha mente, mas nada, eu não me importo com seu tempo longe, e mesmo
o senhor Cullen me confirmando que você estava sozinha, eu não a culparia por
ter outro, mas eu de certa forma tentei, mas não consegui.
A simples menção do sobrenome de Edward, trazer ele ali para
aquele momento, era como se colocasse ele ali naquele quarto junto conosco, eu
podia ver seu olhar de acusação, as esmeraldas verdes enchendo de lagrimas de
sangue, e com a decepção cravada.
-Cris preciso ir ao banho.
Levantei-me e fui ao
banheiro, encarei-me no espelho.
Para se cumprir uma penitencia tem que se mostrar pesar por seus
pecados, eu dizia a mim mesma, mas qual ato fora meu pecado? Os dias com
Edward? O sexo pela manha na cozinha? Ou o sexo agora com Cristian, devemos
realizar atos para reparar o estrago causado por nossas transgressões, mas que
ato devo reparar?
Entrei no banho, evitando meu reflexo, não poderia encarar
meus olhos, minha culpa estava estampada neles, mas nem mesmo eu sabia qual era
o ato ao qual deveria me culpar.
A agua escorria em meu corpo, fechei os olhos e tentava
organizar cada ato, cada gesto, cada decisão que tomei e que ainda iria tomar,
quando senti as mãos de Cristian em meus seios, não poderia pensar estando tão
próxima da tentação, virei-me sendo capturada pelos lábios dele, e nada mais
fez sentido.
(***)
A mesa do jantar estava posta, o brilho nos olhos de
Cristian revelava que a felicidade estava presente nele, eu poderia causar tal
impacto em um homem? Eu custava a acreditar nisso, durante anos não me senti
nada mais do que um troféu ao qual Cristian usava para exibição, no entanto ele
estava tentando deixar claro que era mais que isso.
O cheiro do salmão entrou em minhas narinas, e meu estomago
reagiu de tal forma a qual tentei evitar, engoli a bile, e recusei o prato,
fiquei com a salada.
-Bella, como foi sua tarde com seus amigos?
-Muito boa, eu cozinhei, eles me ajudaram, e tivemos uma boa
refeição.
-observei em alguns tabloides, e ate em eventos em comum,
que eles estão assumindo o tal relacionamento.
Sorri com a tentativa de Cristian em tentar uma conversa
agradável ao jantar.
-Sim, fiquei feliz com tal atitude da parte de Jacob.
-Isabela, e quando eu saberei o seu pedido?
Lembrei-me de que teria que pedi-lo algo, o sexo poderia ter
me deixado mias confusa, no entanto servia para algo, ele deixara Cristian em
estado leve, e isso seria bom apara um pedido.
-Gostaria de ...- escolhi as palavras, eu poderia pedir, mas
estaria dando vasão a o velho Cristian, então usei de forma diferente.- na
verdade eu gostaria de informar que vou passar o fim de semana na casa de campo
com meu pai.
Percebi que o semblante de Cristian mudara radicalmente, mas
ele limpou a sua boca com o guardanapo, e vi que estava em punho cerrado, ele
lutava contra ele mesmo, contra a vontade de assumir o controle, em uma fração
de segundos arrependi-me minha forma de falar.
-Certamente que pode ficar a vontade Bella, é seu pai, a
casa de campo é nossa, exatamente para este fim, passeios de fim de semana.
Eu não podia estar ouvindo estas palavras.
-Vou levar Jacob e José comigo.
Eu somente informava meus atos nada mais de permissão.
-Bella, fique a vontade, não me ofereço para ir junto, pois
meus negócios Bella voltaram a estar em alta, e confesso que devo isso a sua
volta, porém não posso me dar ao luxo de deixar estes assuntos importantes em
mão de mediadores.
-Entendo.
-Mas não esqueça de que seu segurança irá junto, ainda
estamos em alerta, meu pai recebeu outra ameaça.
A simples menção de que Edward estaria comigo neste fim de
semana conseguiu mexer comigo, eu fiquei preocupada, mas um leve sorriso saiu
de meus lábios.
Somente quando nossos atos de reparação estão completos
podemos tentar um novo começo, no entanto eu estava longe de deixar de pecar,
longe de conseguir perdão, e mais ainda longe de ter minha consciência limpa
com meus atos.
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