CTM Cap 13
O perigo
mora ao lado.
Chegamos em
Oro Valle pela manhã, e tinha de trabalhar urgentemente, depois de deixar
minhas coisas na pensão, fui correndo para o restaurante.
_Bom dia
senhora Weber.
_Ana,
pensei que ia descansar hoje?
_Não quero
perder tempo, tenho que por em pratica o que aprendi.- sorri para ela, mas era
verdade, não suportaria ficar ali em meu quarto parada sem nada para fazer.
_Aliás
senhora Weber tive umas ideias para o festival do fim de semana.
_É verdade
o festival, esta vai ser a primeira que você participa Ana, bem o que pensou para o festival?
_Vi tantas
coisas lá, que minha mente esta a mil de ideias, mas tenho que ter sua
aprovação.
_Carta branca Ana, eu vou fazer minha tradicional
receita de pimenta, vou ajudar no rodeio também.
_Então
deixe que da barraca eu e a Angela cuidamos ,tudo bem!
Antes de
começar minhas experiências na cozinha, fui ate o escritório, e deixei em dia
os orçamentos, a senhora Weber não leva jeito mesmo para organizar as contas,
depois de tudo em seu devido lugar decidi que teria de ir a cozinha e tentar
por em pratica recitas novas, eu não trabalhava na cozinha, isto deixava para a
senhora Weber mesmo e sua ajudante.
Separei
vários ingredientes, e comecei a preparar a massa, o segredo era o molho, mas
gostava de prepara a massa caseira.
Como sempre
minha coordenação não era bem minha amiga, e quando percebi o pote de farinha
caiu todo .
_Ana!!! O
que é isso?
_Angela!
Nem vi que entrou, menina sou eu tentando cozinhar.
_Bem se o
prato for você a milanesa, esta perfeito.
Rimos
juntas, bem vou continuar e arrumar isto antes que sua mãe queira desistir de
me deixar fazer um prato para o festival da pimenta.
_Ana, você
tem visita!
Meu coração
bateu a mil por hora, como? Quem me visitaria?
_Angela só
pode ser um engano, eu não conheço ninguém...- eu atropelava a s palavras, meu
coração estava a mil, e vária imagens passaram por minha mente, inclusive de
Cristian.
_Ana Calma,
você lembra-se da noite passada no jantar de encerramento da feira de
culinária?
_Sim
lembro-me, mas o que tem haver? -Angela me olhou maliciosamente.
_Você não
lembra-se de ninguém lá, um certo homem misterioso que se disse escritor.
Lembrei-me
do companheiro que Jessica estava, o estranho e sedutor Edward.
_Não! Ele
?- Angela assentiu com a cabeça.
_Exatamente
ele, e esta aqui e quer te ver.
_Eu?! – meu
espanto foi grande.- não Angela nãop posso ir ate lá, não deste jeito.
_Calma,
Ana, vá só ate o balcão, não vai aparecer seu estado total, e eu já falei que
você estava e já vinha.
_Te mato,
Ang.- fui meio contra a vontade.
_Pois não!
_Olá, Ana,
é esse seu nome, sim?- perguntou ele colocando sua mão em seu queixo,
involuntariamente meu olhar seguiu seus movimentos.
_Sim, o que
faz aqui?- sabia que estava sendo grossa, mas porra o que ele queria comigo.
_Bem vocês
me disseram que eram de Oro Valle eu buscava uma cidade pequena e tranquila
para passar um tempo e terminar meu manuscrito.
_E queria
falar comigo o porquê?- neste instante minhas mãos foram a minha cintura, eu
parecia estar sendo mal educada, mas na verdade por dentro eu estava totalmente
desconcertada.
_Bem
Jessica mencionou que você também venho para cá para escrever então pensei em
conversar.- segui novamente com o olhar seus dedos, ele saiu de seu queixo, e
desceu ate o balcão, meus olhos estavam fixos no movimento era como se tudo
estivesse em câmera lenta, ele batia cada dedo no balcão, como se estivesse
nervoso e impaciente, como se quisesse mais
do que simples respostas rudes.
Estava me
sentindo mal por estar naquele estado, então meu humor não era muito bom, meu
tom saiu meio grosso.
_Olha, esta
vendo que no momento estou trabalhando, mas quem sabe mais tarde.- cruzei meus
braços e o encarei, tirando meus olhos de sua mão, que encantava eu estava com
algum problema , pois nunca uma mão me trouxe tantas imagens como aquela.
_Desculpe
então, nos vemos por ai.- ele ficou visivelmente frustrado com minha resposta
curta, e me encarou com um olhar que parecia me despir por completo.
Ele sentou
e vi Ângela levando um pedido para ele, ele iria comer ali, voltei para dentro
da cozinha completamente envergonhada da situação.
_Que
ódio!-“ coloquei a mão em minha cabeça, tentando organizar o que acabara de
acontecer.
_Que foi
Ana?
_Ai este
homem, o que ele quer comigo, não foi com
Jessica que ele dançou?
_Ana, mas
não foi da Jessica que ele gostou, e isto esta na cara.
_Deixe para
lá, vou voltar a cozinhar e distrair a minha cabaça.
Voltei para
a massa, mas só o que conseguia era ter
a minha mente cheia de imagens nada puras com o senhor escritor.
Depois de
terminar a massa e experimentar vários molhos picantes, cheguei a um que estava
perfeito, fechei o restaurante após deixar todas as contas em ordem, voltei a pensão.
_Boa noite
Ana.
_Jessica!-
e ai tudo em ordem.
_menina
você nem sabe quem esta aqui, e veio se hospedar justo aqui.
_Sei Jess,
já me encontrei com ele no restaurante.
_Ana, ele
não é incrível, nem chega aos pés deste caipiras da cidade aqui, aquele olhar
parece ate ator de cinema.
Ri da forma
como Jessica se comportava, parecia uma adolescente encantada.
Subi ao meu
quarto, e retirei a roupa que estava lastimável pela poeira de farinha, e
entrei no banho.
A água
relaxava meus músculos, e eu só conseguia pensar em Edward e seus olhos verdes,
passei a mão por meu corpo, e pensei como um homem tão lindo veio parar aqui
justo em Oro Valle, quando fugi nunca pensei em um dia se interessar assim por
alguém, mas eu ainda era mulher e jovem meu corpo tinha necessidades e desejos,
Quando
percebi minha mão estava passando em partes intimas, onde naquele momento eu
queria somente a s mãos de Edward .
“Meu Deus”
o que estou pensando, tratei de ajustar a água para o mais frio, e tentar
retirar tais imagens, mas de nada adiantou, meu corpo era uma bomba de desejo
pronto a explodir.
Por mais
que minha vida fosse repleta de restrições e eu fosse submetida a ser uma
submissa, Cristian sempre me proporcionou orgasmos além do imaginável, e depois
de seis meses era obvio que meu corpo implorasse por alivio.
Minhas mãos
desceram e meus seios estavam duros, sim sentia que ali faltava um roçar de
barba, um cheiro masculino, eu implorava por tal sensação, meus dedos chegaram
a minha intimidade, e sentia que a umidade de leva chegava, não era como
imaginar os dedos de um homem, lembrei-me das mãos de Edward no restaurante,
seus dedos tocando o balcão, seus movimentos, e se aqueles dedos estivessem em
mim neste momento, deixei fluir as imagens e quando dei por mim e introduzi
dentro de mim dois dedos, eu já estava em estado de alivio imediato, foi um
orgasmo rápido e intenso, nada comparado a um orgasmo que um homem me
proporcionasse, lembrei que em minhas displicências de vontade eu tivera Mike a
um tempo atrás, e hoje estava aqui tendo que me contentar com uma masturbação e
imagens somente.
Depois de
tomar um banho completo, me senti levemente culpada por ter me masturbado com
as imagens de Edward, o homem cujo nada eu sabia, um homem que estava somente
de passagem.
Isto me deu
ideias, mas as retirei da mente, o perigo era meu perseguidor, e eu não podia
jogar assim, eu era uma mulher sem
passado, uma lacuna, e não podia colocar ninguém nesta vida.
Sai
enrolada em uma toalha e fui ate o quarto, quando entrei me deparei com alguém
girando a fechadura, e a porta se abril.
_Ow, esta
entrando no quarto errado.
_Desculpe. -Edward
estava entrando com algumas malas em mãos, e virou-se imediatamente e tentou se
desculpar, procurei imediatamente algo que me cobrisse mais, percebi que antes
de se virar Edward deu uma boa olhada em mim, o que me deixou completamente
corada.
_Por que
entrou em meu quarto?
_Bem a
senhora Staley acabou de me dar a chave e disse quarto 11, mas eu tentei entrar
e nada da chave abrir, então testei nesta porta e deu, então achei que ela
tinha se confundido e eu iria ficar no 10.
_Bem ela te
deu a chave do meu quarto.
Ele
continuou ali parado de costas, eu comecei a rir.
_Bem, eu te
aconselho ir La e trocar, de chave, e me deixar colocar uma roupa.
-Desculpe
novamente.
Ele saiu não consegui olhar seu rosto, mas podia
jurar que ele saiu rindo.
Depois de colocar uma roupa desci para dar uma
volta na cidade talvez Ângela queira tomar um sorvete na praça, algo do tipo,
estava acostumando com a vida simples e sem complicações de Oro Valle,
Desci, e
fui direto a recepção tentar falar com a senhora staley.
_Ana,
desculpe o mal entendido querida, quem cuida das chaves é a Jessica, e ela deu
uma saída na hora.
_Bem Istoé
porque minha mãe deve precisar de óculos, ela entregou a chave reserva do 10,ao
invés da do 11, que mancada.
_Jessica
nem esquente, sua mãe só se confundiu.
_Vai sair
querida?- a senhor Staley era um amor, ma era difícil sair sem ter que dar o
relatório completo para ela, ou na saída ou na chegada.
_Vou tomar
um sorvete a cidade esta quente.
_Boa noite-
a voz atrás de mim era inconfundível , rouca e doce, ele pigarreou, o que me
fez tremer e ter que me apoiar no balcão da recepção.
Senti meu
rosto esquentar e corar, lembrando da cena de mais tarde, o meu banho e depois
ele entrando em meu quarto, o que me fez ficar parecendo um pimentão.
_Boa
noite.- Jessica dependurou seu corpo inclinando-se em sua direção,ela não
escondia sua admiração por ele.- Vai sair?
Sua
pergunta soou igual sua mãe, ela estava indo no mesmo caminho, a indiscrição em
pessoa.
_Queria dar uma volta na cidade, conhecer um
pouco. - meus olhos
novamente acompanhavam o traçar de seus lábios, ao falar, e imagens possuíam minha
mente poluída alias, mas tentei desviar.
_Posso te
acompanhar- Jess se oferecia.
_Não mesmo
filha, eu tenho que ir a casa da senhora Weber temos que organizar coisas do
festival e você tem que cuidar da recepção.
Jess ficou
decepcionada, eu tentei evitar a conversa e ia tentar me desviar.
_Mãe, você
é uma estraga prazer.
_Ana! Ela
ia sair tomar um sorvete, ela pode te levar.- Senhora Staley nm imaginava que
eu tentava fugir de estar perto dele.
_Eu, não,
vou me encontrar com Angela agora e bem...
_Que isso
Ana, a cidade é pequena, leve o senhor..
_Edward
somente!
_Isso
Edward- ate a senhora Staley era enfeitiçada por aqueles olhares dele.- Leve-o
ate a praça, ele deve estará com calor também um sorvete iria bem.
O sorriso
da Senhora Staley contrastava com a cara
de desapontamento que Jessica fez.
_Tudo
bem.-disse ainda irritada com a situação.
Saímos
caminhando, como tudo era calmo e tranquilo e perto eu quase não usava o carro.
_Bem, Ana,
você realmente não gostou de mim!
Aquela
afirmação me pegou de surpresa, o encarei e tentei entender de onde ele tirou
isso.
_Eu? Porque
pensou isso?
_Nada de
mais seu jeito, suas reações a mim, hoje pela manha no restaurante, agora não
querendo sair comigo.
_Há, vai
dizer que você não percebeu que a Jessica esta caidinha por você, eu estava me
sentindo mal por ela, e hoje pela manhã fui pega desprevinida.
_Sim claro
a mãe dela praticamente estava te jogando para cima de mim.
Rimos juntos da situação, decerto a Senhora
Staley percebeu também o comportamento de Jess e por conhecer a filha queria
ela longe de estranhos.
_Bela amiga a senhorita Staley.- bufei
_Viu, não esta gostando do fato de estar comigo.
_Edward, eu mal o conheço e você também não sabe
nada sobre mim para ir fazendo suposições, pela manha você me pegou em um
momento crítico.
_Sei, acho que estava lutando com a farinha na
cozinha.
Ri lembrando que estava toda suja de farinha
quando ele me viu, e depois somente em uma toalha.
_Acho que não tivemos momentos muito bons ate
agora, na verdade eu somente estive em situações constrangedoras.
_Deixemos isto de lado.
Chegamos a frente do restaurante.
_Vai trabalhar?
_Não Angela mora atrás do restaurante, vou
chama-la só um minuto.
Entrei pelos fundos e chamei por Angela.
_Ana!
_Senhora Weber, quero falar com Angela.
_Ela acabou de ir a praça com Bem, ele a convidou
para tomar um sorvete.
_Tudo bem , acho que encontro ela lá, ate mais.
Sai de La com o coração na mão, teria eu aguentar
mais um tempo de caminhada com o senhor escritor gostosão.
_Onde esta sua amiga?
_Ela já esta lá, vamos é por ali.
Por um momento ficamos calados, eu somente
escutava os paços de minha sandália na calçada, e seus paços largos, a
respiração de ambos estava intercortada, e ofegante.
_Cidade grande nos deixa preguiçosos.- Edward
comentou por perceber que seu fôlego estava se esgotando.
_Sim, eu já me acostumei.
_Bem e você escolheu morar em uma cidade pequena
assim do nada.
Era uma pergunta pessoal, mas estava cansada de
ser grossa com ele, na verdade ao estar ali em seu lado minha vontade era de me
atirar em seus braços longos, e dizer a verdade de cara, ele parecia aqueles
homens que defenderia sua amada a todo custo, mas retirei este pensamento,
suspirei e voltei a minha história de sempre.
-Depois que meus pais morreram,eu decidi me mudar
para algum lugar pequeno,vim para cá para escrever meus livros.
-Também sou um escritor.-isso me surpreendeu,mas
não falei nada.
Fiquei em silêncio,olhando para a rua iluminada
pela luz do luar,uma lua crescente,o vento sacudiam meu cabelo para o
lado,dando uma visão de meu perfil para Edward.Algumas lembranças de Christian
vieram em minha mente,balancei a cabeça tentando espantar os pensamentos e
fixar no agora,em Edward.
-Err... quer tomar um sorvete?-perguntou
indeciso.
-Claro.-falei antes de processar ao mesmo o que
ele disse, era o motivo pelo qual sai, mas deixei a redundância de lado e o
segui.
Ele
indicou o caminho e o seguimos.A sorveteria se chamava "Day or
Night",as paredes pintada de branca e letras de preto e uma leve sombra
vermelha,era um lugar pequeno,porém espaçoso, sentamos em uma mesa com duas
cadeiras,as mesas brancas e cadeiras vermelhas. Tentei achar Angela, mas sem
sucesso.
-Qual sorvete,Ana?
-Humm...morango.
-Vou busca-lós.-Depois que ele voltou com os
sorvetes,comemos enquanto conversamos amenidades,animadamente até eu,a
desastrada,derrubar o meu sorvete de morango nele,tentei me desculpar e comecei
a limpar,ele me ajudando.
Sua mão tocou sobre a minha e nossos olhos se
conectaram,naquele momento uma corrente elétrica passou por nós,ali só havia eu
e ele,nós,ele foi se aproximando lentamente,sentia sua respiração cada vez mais
perto. Seus olhos jamais desconectado dos meus,nossos lábios a distância do
sabor.
-Espero não estar incomodando!-Ouvi a voz de quem
menos queria,estragando meu momento,mas ao mesmo tempo me fazendo voltar a
minha sanidade.
Banner Créditos a Paula Lobato
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